Na hora de homologar não esqueça de utilizar os requisitos funcionais, de negócio e de testes
Definir o que é homologação é o primeiro passo para entender a sua importância. Em um conceito mais amplo, é garantir que todos os requisitos solicitados pelo cliente para atender ao seu negócio foram desenvolvidos e estão funcionando como planejados.
Para garantir que um sistema esteja funcionando corretamente é fundamental que todos os testes sejam realizados com base nos requisitos funcionais, que podem ser: cálculos, detalhes técnicos, interfaces entre sistemas, manipulação de dados e de processamento, capacidade de processamento, inputs e outputs.
Um dos problemas mais comuns entre os analistas de negócio, de requisitos ou de sistemas é a dificuldade que eles têm em diferenciar requisitos funcionais de requisitos de negócio. Conceitualmente o requisito de negócio é uma restrição imposta que regulamenta o comportamento de um procedimento operacional do negócio. São políticas definidas pela corporação e que possuem vida totalmente independente de sistemas, podem ser criadas e são obedecidas sem a necessidade do uso de sistemas.
Portanto, uma regra de negócio pertence somente ao domínio do negócio da empresa. Contudo, nada impede que regras de negócio venham a ser automatizadas. Caso isso seja feito, será necessário o desenvolvimento de um sistema. Assim sendo, existirá a necessidade de elaborar requisitos funcionais para atender à regra de negócio mencionada.
A única maneira de homologar um sistema garantindo que todos os requisitos funcionais e de negócio estejam funcionando corretamente é através da execução exaustiva de testes, realizados de maneira controlada, para avaliar se o sistema se comporta – ou não – conforme o especificado e se apresenta falhas.
As falhas podem ser originadas por diversos motivos, especificação errada ou incompleta, ou pode conter requisitos impossíveis de serem implementados, devido a limitações de hardware e software.
Por tudo isso, é comum ouvir no mercado que “o testador não pode ter pena do software”, pelo contrário, quanto mais severamente o software for exercitado, maiores as chances de ele falhar, de se encontrar alguma inconsistência funcional de negócio ou alguma limitação tecnológica que não permita realizar as funções para as quais foi desenvolvido.
A principal função da homologação é exatamente esta: verificar a existência de problemas ou inconsistências, afinal, é muito melhor que os desenvolvedores, testadores e homologadores os encontrem do que os clientes.