Por onde começar a automatizar seu desenvolvimento?
A área de desenvolvimento é de difícil controle e, por si mesma, uma grande geradora de problemas. Garantir a integração dos códigos desenvolvidos por diferentes profissionais é uma tarefa árdua; controlar o versionamento, então, é algo que beira o impossível.
Quanto maior é a empresa e mais descentralizado o desenvolvimento, mais difícil e crítico torna-se o controle do versionamento das aplicações. Imagine como reunir os códigos de diversos profissionais espalhados, muitas vezes, em várias partes do mundo, integrá-los e colocá-los em um repositório sem cometer o erro de promover versões desatualizadas para a produção? Com certeza a possibilidade de erro é muito alta.
Quem acredita que a automatização atende apenas às grandes corporações está enganado. Sem dúvida que para as grandes a automatização tendo como primeiro passo o versionamento é questão de sobrevivência, no entanto, para as médias e pequenas empresas, onde o processo de todo o ciclo de desenvolvimento é quase informal, iniciar a automatização pelo versionamento é sinônimo de começar a colocar ordem em um ambiente historicamente desorganizado.
Chegando-se a um consenso de por onde se deve começar, a próxima dúvida é o quanto investir. Para a maioria, não importando se grande, pequena ou média, é regra o medo dos custos, afinal, qualquer ferramenta tem valores considerados sempre altíssimos até para as empresas maiores. Imagine então para as menores; isso se tornou algo absolutamente proibitivo.
Os fabricantes de soluções para automação perceberam há um bom tempo que o modelo de cobrar altos valores pelas licenças de uso e manutenções periódicas estava fadado a sucumbir. O aparecimento do SaaS, em que o pagamento é realizado apenas pelo que se usa, e as diversas ferramentas freeware disponibilizadas na internet exorcizaram definitivamente os fantasmas dos altos investimentos em automação.
Uma vez definido por onde iniciar a automatização e a maneira menos custosa para fazê-la, começa uma fase – tão ou mais difícil do que as anteriores – da automatização que é a implantação, ou seja, mudança de cultura, desenho e implantação de processos que garantirão o correto funcionamento das ferramentas e da automatização desejada.
Conscientizar os times não é suficiente, porém, tampouco ações truculentas, como o top-down, geram os resultados esperados. O melhor a fazer é mostrar para todos, desde os executivos até os técnicos, o que cada um terá de benefício e facilidade com a implantação e o correto funcionamento das ferramentas de automatização do desenvolvimento. Só assim o projeto e a operação da ferramenta de automação terão a possibilidade de sucesso.