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Por que os gerentes de projetos são tão odiados?

Tudo que é bastante desejado causa inveja em muitos; tirando o grupo de pessoas que olham para o gerente de projetos como um Deus e não sabem o que é o seu dia a dia, talvez todos os outros tenham motivos para nutrir um sentimento que, às vezes, beira o ódio.

A relação com os gerentes operacionais nunca foi das melhores, tornou-se ainda pior quando a notoriedade adquirida pelos gerentes de projetos junto à diretoria do cliente e da própria empresa tomou proporções gigantescas. Isso acontece porque não é raro que o resultado do projeto mude a vida do cliente, seu lucro e a saúde financeira da sua empresa. Certamente, o que mais causa ódio aos operacionais é que eles só são lembrados quando algum problema acontece.

Os chefes e diretores têm um verdadeiro sentimento bipolar pelos GPs. Se o projeto está dentro da margem e o cliente não tem nenhuma reclamação, nem reunião de acompanhamento de projetos acontece, porém, é só o projeto baixar a margem ou o telefone do diretor tocar com alguma reclamação que inúmeras reuniões para a elaboração de planos de ação são realizadas e o GP é, sem dúvida, apontado como o grande culpado.

Para o cliente, o GP é sempre a entidade que vaga pelos corredores da empresa, nunca tem informações precisas, sempre tem que consultar o cronograma e jamais aceita de pronto uma mudança sem questionar se ela está ou não no escopo do projeto.

Seus liderados são os eternos carentes e injustiçados, na maioria das vezes, alocados por empréstimo, sonham em conseguir todos os cursos, gratificações e, quem sabe, uma promoção. Não é raro ficarem frustrados com a abordagem, pois o GP inevitavelmente argumenta que a margem está justa e que não tem dinheiro.

Semelhante ao sentimento dos diretores e chefes, os pares dos gerentes de projetos oscilam entre o sentimento de pena e ódio. Quando seu colega está com um projeto deficitário, problemático e sem nenhuma visibilidade, todos têm pena e alguns ainda tripudiam: “Se ele fosse bom, estaria tocando projetos relevantes”.

Agora, quando o gerente de projetos está à frente de um projeto gigantesco, com grande visibilidade e notoriedade, seus pares não se aguentam de tanta inveja, na sua frente soltam frases como: “Olha o maior PIB da empresa”. Porém, quando estão por trás, o questionamento da sua capacidade é palavra de ordem.

Certamente nenhum dos sentimentos citados acima atinge tão fortemente o gerente de projetos quanto os comentários e considerações de seu companheiro ou companheira, quando verbalizam que ele não consegue fazer nada, nem ir ao banheiro, sem um planejamento, escopo, cronograma e, claro, tudo isso com o acompanhando detalhado dos custos.

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