9 principais erros no cronograma de desenvolvimento de aplicações
Cada vez mais o mercado de aplicações se mostra competitivo. Devido à capacidade de geração de soluções eficientes e inteligentes para as mais diversas áreas, as empresas estão constantemente investindo em desenvolvimento, de forma a gerar diferencial competitivo para elas.
Dessa situação, nasce um fato: o setor de aplicações está cada vez mais competitivo. Cometer erros no cronograma de atividades pode representar riscos que deixam a empresa em uma situação complicada.
Esse cenário pode fazer com que o projeto atrase, seja entregue com falhas, não tenha todas as funcionalidades prometidas etc. Além da frustração causada aos clientes, a empresa gastará ainda mais tempo com processos de correções e retestes antes da nova entrega.
A maioria dos erros são causados por descuidos simples, que poderiam ser evitados com um pouco mais de atenção aos detalhes do projeto. Um profissional experiente é recomendado para essa função, já que tem boa percepção do que é possível e do que é irreal e desnecessário.
Mesmo assim, é importante saber quais são os erros mais praticados para evitá-los. Então conheça, a partir de agora, os 9 principais erros no cronograma de desenvolvimento de aplicações e saiba como evitá-los!
1. Ignorar a sequência cronológica das atividades
O desenvolvimento de aplicações depende, constantemente, do trabalho em equipe. O que gera uma questão complexa: a interdependência entre os setores. Se a pessoa responsável pelo estabelecimento do cronograma não considerar isso, poderá colocar o projeto em xeque.
Muitos documentos dessa natureza são organizados desconsiderando a ordem cronológica das atividades. Isso faz com que os profissionais precisem aguardar um longo tempo até que as tarefas de que dependem sejam concluídas.
Em outros casos, estimula-se que cada setor realize suas funções, mesmo que ainda não tenha o resultado anterior. Com isso, a montagem das partes da aplicação pode ficar mais complicada e confusa, abrindo chances para falhas. Esses erros geram retrabalho e retestes, o que potencializa as chances de atraso. E é justamente esse tipo de problema que a elaboração de cronogramas deveria evitar.
Para que atrasos não aconteçam, estude as atividades que serão executadas durante todo o projeto e descubra quais podem ser realizadas paralelamente, mas sempre respeitando a ordem cronológica. Assim, você poderá organizar um fluxo mais ágil e coerente, facilitando a montagem da aplicação.
2. Não especificar os recursos adequadamente
Em muitas empresas de desenvolvimento de softwares, o cronograma funciona como um escopo. É utilizado uma espécie de documento único, no qual o projeto é apresentado para os desenvolvedores, informando-os sobre os recursos e dados necessários para a elaboração da aplicação.
Ele serve como uma forma de orientação para os profissionais, que se basearão nos dados ali contidos para executar as tarefas necessárias. Assim, quando não há uma especificação adequada, compromete-se a qualidade do projeto. Portanto, a ausência de informações importantes, como quais ferramentas de trabalho utilizar em cada etapa, pode representar uma falha grave, já que os profissionais ficarão perdidos até descobrirem como agir.
Isso pode ser contornado criando abas no cronograma para especificar, em cada atividade, quem será o responsável por ela, como deve ser realizada (metodologias e ferramentas utilizadas) e, claro, quando deve entrar em ação. Simplificando, mencione sempre quem fará o que, como e quando.
Isso é importante também para os próprios gestores, já que, em caso de problemas, poderão encontrar rapidamente quem foi o responsável e solucionar a questão com agilidade e precisão.
3. Não considerar feriados e finais de semana
A menos que os profissionais façam hora extra, não se pode cometer esse erro. Ainda é muito comum o agendamento de tarefas em projetos de desenvolvimento considerando uma sequência de dias corridos e só depois descobrir que no meio há um feriado ou fim de semana.
Se já tiver entregado um prazo para o cliente, isso pode ser muito frustrante para ele, para você e para os desenvolvedores que integram a equipe. A correção posterior pode causar a sensação de despreparo por parte da empresa, prejudicando a imagem com o cliente e, consequentemente, com o mercado.
Para não cair nesse tipo de situação, é fundamental consultar calendários mais completos que incluam feriados nacionais, estaduais e municipais. O calendário é a sua principal ferramenta de trabalho na hora de planejar um cronograma ideal, então, não o ignore.
Uma recomendação importante é sempre contabilizar a entrega em dias úteis. Assim, evita-se esse tipo de problema.
4. Desconsiderar a agenda dos profissionais
O mercado cada vez mais exige equipes enxutas, como forma de otimizar os custos para a empresa. Isso gera uma questão que merece atenção por parte dos gestores das empresas de tecnologia: a maioria dos desenvolvedores de softwares são multitarefas na empresa.
Se essa é a estrutura atual do seu negócio, você não deve organizar um cronograma sem antes pesquisar a disponibilidade dos desenvolvedores. Afinal, você pode estar contando com a possibilidade de ele estar apto para a execução de um projeto no momento em que ele está se dedicando a outras aplicações.
Por isso, adote o hábito de sempre verificar, com cada profissional necessário, em quais projetos ele está envolvido e quando poderá ser integrado ao seu. Mesmo que precise esperar um pouco, se colocar em prática as atividades que podem ser realizadas paralelamente, terá um bom adiantamento do projeto.
Em alguns casos, pode ser interessante até mesmo o próprio desenvolvimento de um software ou de uma aplicação que permita um gerenciamento inteligente e automatizado das disponibilidades de trabalho, o que facilita no momento do planejamento do cronograma.
5. Definir prazos além do necessário
A falta de confiança no planejamento de um cronograma pode criar o medo de não conseguir atender aos prazos comumente exigidos e levar à definição de prazos muito maiores do que realmente a empresa precisa. Por um lado, isso pode ser bom, pois supera as expectativas dos clientes quando a aplicação é entregue antes da data limite.
O problema é que esse cenário entra em conflito quando há urgência e pode reduzir a competitividade do negócio diante de empresas que prometem entregar o mesmo trabalho em menos tempo. Isso sem contar que prazos mais extensos do que o necessário podem gerar um processo de procrastinação nas equipes.
Para resolver esse problema, planeje bem cada etapa dos processos, considere o tempo médio que os desenvolvedores habitualmente levam para realizar cada passo e defina um cronograma com prazos mais realistas. A margem para atrasos pode ser adicionada como método de segurança, mas sem exageros.
6. Deixar de controlar o cronograma
Muitos gestores, após definirem o cronograma, abandonam e esquecem esse documento com o tempo. Esse é um grande erro que deixa a equipe trabalhando no escuro. Os desenvolvedores podem confundir as datas e as atividades, colocando em risco o respeito aos prazos.
Mude esse cenário consultando o cronograma diariamente para acompanhar o fluxo de tarefas, veja se as atividades estão sendo realizadas nas datas e horários definidos, faça projeções de resultados no tempo, identifique riscos de acordo com o andamento do projeto etc.
Uma dica importante é a utilização de ferramentas online de controle de tarefas em grupo (como Trello, Ora, Asana, Evernote, entre outros). Elas permitem que os colaboradores atualizem em tempo real qual etapa está sendo executada.
Isso garante um maior controle dos prazos, bem como evita atrasos por esquecimento, já que as plataformas de gerenciamento de tarefas geram lembretes constantes. Lembre-se de que potencializar uma gestão eficiente de tarefas é essencial para o sucesso do projeto.
7. Estabelecer prazos muito curtos
Assim como os prazos muito longos, prazos muito curtos também podem trazer problemas para a equipe de desenvolvedores. Geralmente, isso acontece quando há excesso de confiança e desejo de competir com a concorrência. Porém, se os prazos prometidos não forem cumpridos, a experiência do cliente será muito ruim, fazendo com que ele não contrate mais os serviços da sua empresa.
A dica aqui, mais uma vez, é se basear no histórico de desenvolvimento e adotar uma média de tempo suficiente, incluindo um percentual de margem para erros.
É sempre essencial contar com essa margem de erros, pois muitos problemas podem ocorrer durante a execução dos projetos, de forma que se torna necessário expandir o prazo de entrega para o cliente. Ao considerar esse prazo, ele já estará incluído no documento de contratação, sem gerar desconfortos e uma imagem ruim.
8. Não considerar os riscos
Ignorar os riscos é outro erro grave em cronogramas de desenvolvimento de aplicações. Se fizer isso e algum problema acontecer, a equipe terá dificuldades em contornar a situação, uma vez que não estará preparada para isso.
Você pode montar um cronograma mais blindado, analisando o histórico de erros registrados em projetos, o tempo médio que se leva para resolvê-los, as soluções mais adotadas etc. Depois, inclua tudo isso no cronograma, nomeando como plano B, plano de recuperação, plano de correção de falhas ou outro nome, para que fique em stand by.
Caso os problemas não ocorram, será um ponto positivo, pois antecipará a entrega para o cliente. Porém, não contar com eles na elaboração do cronograma, poderá gerar atrasos significativos para o desenvolvimento da aplicação.
9. Não contar com ferramentas adequadas
Escolher ferramentas inadequadas para o projeto pode mais atrapalhar do que ajudar, trazendo atrasos na entrega da aplicação e falhas operacionais graves.
Para montar um cronograma sem erros, segui-lo à risca e ter resultados realmente melhores e mais rápidos, é preciso contar com uma ferramenta que permita realizar um planejamento 360 graus, maior controle das atividades e entrega das aplicações reunidas em uma mesma plataforma de desenvolvimento. Assim, todo o trabalho da equipe será centralizado no mesmo local.
Agora que você já conhece os principais erros do cronograma de desenvolvimento de aplicações, trabalhe para evitá-los e ofereça maior confiança aos desenvolvedores e clientes da empresa.
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Brasil Robotics
Olá, eu trabalho na área,sou MSc. em Gerenciamento de Projetos, concordo com a maioria dos itens, mas, cito que a pior coisa que há de fator influenciador é a teimosia em um gerente de projetos em achar que sabe tudo e não pedir aos profissionais envolvidos suas opiniões quando a todos os fatores. O risco de um projeto dar errado sem interação com a equipe é gigantesco. Obrigado e sucesso!
infra
Obrigado pelo comentário, é verdade o que você diz o ego de alguns gerentes de projetos podem fazer com que o projeto não de certo.