O preço do sossego na operação com a implantação de uma ferramenta de Gerenciamento de Configuração
Se para o time de suporte ter um deploy pela frente pode ser sinônimo de horas extras e ganhos adicionais no final do mês, para o time de operação, que tem a obrigação de manter tudo funcionando, o agendamento de um deploy é certeza de noites e dias de pesadelo.
A área de Operação por si só já é um lugar com muita cobrança, todos que ali trabalham permanecem em constante estresse para garantir que nada aconteça durante o expediente da empresa. Se imaginarmos que a cada dia que passa o expediente aumenta e, em muitos casos, tornou-se 24×7, o sossego da Operação simplesmente não existe.
Colocar neste ambiente um enorme e consagrado provocador de instabilidade que é mudar, por qualquer que seja o motivo, o ambiente de produção gera em todos uma rejeição natural. Por um lado, o time de Desenvolvimento necessita colocar o novo sistema no ar; por outro, o pessoal de Negócios precisa vender mais e, no terceiro, o time de Produção acuado, segurando, de todas as maneiras, uma parada por menor que seja no seu ambiente.
Todos que trabalham com tecnologia passam (ou já passaram) por situações parecidas. O que a tecnologia vem mostrando a cada dia é que este tipo de conflito vem diminuindo constantemente e o pessoal da Produção, visto como os grandes atravancadores do progresso da empresa, estão se tornando mais condescendentes com os deploys.
Tudo porque as terríveis paradas do ambiente para a implantação de uma alteração do ambiente estão deixando de existir. Isso traz conforto para todos e, principalmente, garantia da continuidade do funcionamento dos sistemas para a operação.
No início, na realização do primeiro deploy automatizado, até o pessoal de Operação rejeitava a ideia de implantação de uma ferramenta para esta atividade: “afinal, quem são estes consultores que entram na minha área para dizer o que eu tenho e não tenho que fazer com algo que opero há tanto tempo”. Típico do ser humano: ciúmes e medo.
Depois da primeira migração com a ferramenta, tudo muda. Como em um passe de mágica, deploys que duravam horas passam a durar minutos, validações que eram complicadíssimas passam a ser simples e problemas de recuperação de ambiente em casos de insucesso, que demoravam até dias, passou a levar poucos minutos.
Pouco tempo depois, os que eram os grandes vilões, não permitindo nenhuma alteração, são os maiores defensores das ferramentas de gestão. É muito comum encontrar em reuniões de change management situações interessantes: o pessoal de Operação perguntando aos responsáveis pelo novo sistema se eles estão utilizando ou não a ferramenta de gerenciamento de configurações e os que respondem que ainda não utilizam a ferramenta em seus deploys, além de ganharem uma cara feia, são colocados no final da fila para implantação das suas aplicações.