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Como começou a moda do PMO representar uma figura de repressão?

Basta passar pela área do escritório de projetos de algumas empresas que facilmente se notará a diferença entre eles. Os que foram implantados a mais tempo e passaram por adaptações, perceberam que a melhor opção para conseguir gerenciar com sucesso seus projetos não é à base de repressão; muitos outros, porém, estão bem distantes dessa maturidade e tratam seus colaboradores como se estivessem em plena idade média.

Historicamente, os escritórios de projetos foram implantados em empresas funcionais, muitas só o fizeram por moda, ninguém imaginava que para se conseguir sucesso era essencial uma organização projetizada ou matricial. Criaram a vaga de PMO, não como uma área ou departamento, e sim como um cargo, e, para piorar, deram poderes equivalentes aos dos gerentes funcionais.

Para quem não sabe diferenciar um perfil do outro, é só lembrar dos tradicionais gerentes funcionais, aqueles que de maneira intransigente e truculenta mandam seus subordinados executarem as mais insanas atividades sob o risco de perderem o emprego caso se recusem.

Por mais que o responsável pelo escritório de projetos tenha experiência corporativa em estruturas projetizadas e matriciais e uma sólida formação acadêmica, é impossível contrariar as ordens ditatoriais do diretor que, por mais que se esforce para implantar o PMO inspirado nas melhores práticas, ainda escorrega no autoritarismo. Desafio árduo para conseguir mudar de atitude baseado apenas nos rasos conhecimentos adquiridos com a participação em poucas palestras e simpósios…

Os desafios não param por aí. Como o PMO tem status de gerente, torna-se absolutamente insano tentar convencer os mandatários a contratar gerentes de projetos para ocupar a função de gerenciador de projetos. A alegação é de que o gerente é o responsável pelo escritório de projetos. Seus subordinados, no entanto, podem receber qualquer nomenclatura, menos a de gerente. E é claro que tentar explicar que o gerente de projetos vai orquestrar uma série de atividades, e não uma área ou departamento, é perda total de tempo.

Para o recém ocupante da cadeira de chefe do escritório de projetos, resta-lhe dois caminhos:

  1. Voltar para o mercado em busca de uma colocação em uma empresa com maturidade no gerenciamento dos projetos.
  2. Acatar as ordens do chefe, com a esperança de um dia conseguir provar que só é possível alcançar sucesso nos projetos implantando verdadeiramente as melhores práticas, com todos os seus processos.
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