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Quanto mais simples, melhor

Essa frase resume o anseio de todos: fazer as coisas de maneira simples e que traga como resultados a redução de custos e a minimização dos riscos, proporcionando economia de tempo e, se possível, aumentando a produtividade.

Tirá-la do âmbito dos desejos e transformá-la em realidade é um desafio que a maioria das pessoas não está disposta a aceitar, não por não acreditarem em sua efetividade, mas sim por morrerem de medo de perder o emprego.

Em todas as áreas, implantar projetos que visem simplificar o trabalho é visto como o primeiro passo para eliminar empregos, desde uma simples automação predial, que tem o objetivo de aumentar a segurança e reduzir fraudes, até os complexos sistemas de homologação e deploy de sistemas para produção não são bem-vindos pela maioria dos colaboradores, que insistem em realizar essas atividades de maneira manual.

Prezar pela continuidade do negócio, pelo rastreamento dos processos e pelo poder de punir os responsáveis – caso algo errado aconteça – são os principais argumentos usados para manter-se um exército de pessoas validando e revalidando tudo o que acontece em cada área das corporações. No entanto, sua efetividade é questionável, pois raramente o excesso de burocracia é sinônimo de segurança ou rastreabilidade.

Mesmo assim, a necessidade do simples está ganhando cada vez mais adeptos, principalmente quando sua implantação é sinônimo de redução de despesa e/ou aumento de receita. Os executivos perceberam que a automação e a simplificação dos processos deixam a empresa mais leve e competitiva, e, como todos sabem, quanto mais rápido a empresa agir no seu posicionamento frente ao mercado, maiores serão as suas chances de conquistá-lo.

O desafio agora é quebrar o paradigma de colaboradores e gestores que insistem em se posicionar contra o simples, crendo que criar dificuldade para vender facilidade ainda é a melhor maneira de garantir seus empregos. Mudar a cultura é a parte mais difícil na redefinição estratégica da empresa.

O primeiro passo para a mudança vem sempre de cima, os principais executivos devem dar e exercitar o exemplo: menos burocracia na aprovação, simplificação dos processos, criação de uma estrutura hierárquica mais autônoma e implantação de ferramentas e pessoas com foco no simples devem ser o norte a ser seguido.

O mundo e os mercados estão cada dia mais competitivos, manter estruturas pesadas, com processos antigos e engessados, há muito tempo deixou de ser referência de qualidade ou produtividade. Quem vem insistindo nesse modelo está ficando pelo caminho; quem continuar insistindo, em pouco tempo, certamente deixará de existir.

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