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Afinal, o que é TI Bimodal?

8 passos devops

A área de TI, com suas múltiplas responsabilidades, costuma, por vez, colocar os profissionais frente a grandes desafios, sendo um deles o de garantir segurança e estabilidade nos sistemas de operações sem deixar de ter a capacidade de atender eventuais demandas mais urgentes, que requeiram otimização de recursos e procedimentos para que se apresente soluções a clientes finais com maior disponibilidade e agilidade, sem comprometer o fator qualidade em geral. É como dizer que a TI hoje em dia precisa tanto estar preparada para oferecer solidez como para ser ágil em momentos precisos, atendendo a velocidade dos negócios sem abrir mão da segurança que eles requerem.

Para isso, a TI se vê cada vez mais diante de uma necessidade: unir dois modos de se trabalhar, atingindo um formato diferenciado que lhe permita ao mesmo tempo manter a estabilidade para conduzir os negócios de forma segura ao passo em que está pronta a diminuir o tempo de resposta em situações que demandam ações mais rápidas para atingir determinados resultados, muitas vezes em oportunidades surgidas “de última hora”.

Em outras palavras, ela precisa ser Bimodal.

Afinal, o que é TI Bimodal?

Este conceito sugere uma forma de gerenciar as áreas de tecnologia de uma companhia pela união de dois modos:

  • O modo 1 (ou tradicional): focado em estabilidade e estruturado, portanto mais “cauteloso” em todas as etapas, no sentido de diminuir a probabilidade de problemas ou panes nos sistemas;
  • E o modo 2 (rápido ou flexível): visando entrega mais rápida – ainda que haja melhoria no decorrer dos processos – utilizando medidas nem sempre convencionais, mas gerando vantagem competitiva pela rapidez.

Assim, compartilhando os mesmos elementos e recursos (como equipamentos e equipes), a empresa consegue operar sua TI de duas formas distintas que supram ambas as necessidades: a de ganhar tempo em alguns casos e a de não perder a execução padrão em outras etapas, garantindo operação estável e sem surpresas desagradáveis ou prejuízos. E o que irá garantir este poder de flexibilização de acordo com as demandas é justamente a mudança de cultura nas organizações, de modo que as equipes envolvidas na TI consigam interagir de uma maneira nova, quebrando barreiras existentes entre as áreas de negócios e de tecnologia e atingindo com isso maior fluidez e conhecimento compartilhado para alcançar objetivos em comum. A mudança de cultura nas empresas é precursor da implantação de práticas como o DevOps, uma boa opção para empresas que sentem a crescente pressão de mercado para adaptar e flexibilizar seus esforços de TI a fim de responder melhor a demandas internas e externas.

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De onde veio esta ideia e o que ela representa para o mercado?

Apesar do amplo arcabouço técnico por trás de todos os conceitos com os quais convivemos na área de TI, vamos tentar simplificar com a seguinte frase: TI Bimodal representa uma tendência para o mercado de conseguir atingir novos negócios ou vantagem competitiva, sem prejudicar a estabilidade ou qualidade dos trabalhos, apresentando respostas mais rápidas quando preciso. E isto engloba não só a otimização de recursos tecnológicos (como a automatização de parte dos processos, por exemplo) como também a de recursos humanos (que com isto farão negócios de forma diferenciada).

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Segundo a teoria do assunto, o termo definido pelo Gartner – TI Bimodal – recentemente (mais precisamente de 2014 para cá e impulsionado pelos movimentos que deram origem ao DevOps a partir de 2008) representa, portanto, uma influente corrente em prol da mudança de comportamentos e processos dos setores de TI, vislumbrando a quebra de paradigmas de rigidez do modelo tradicional (que visa eficiência e estabilidade) para uma fusão promissora com princípios da chamada Cultura Ágil em gestão de projetos e dos princípios de Lean TI, que visam integração de pessoas. Vemos que adotar TI Bimodal não significa eliminar os padrões de qualidade e procedimentos que ela já adota com segurança, mas sim adaptar as funções de cada equipe a um modelo mais colaborativo e interativo, de modo que todos os colaboradores envolvidos se convertam a uma nova cultura, que afetará toda a empresa, pois seus reflexos não se darão somente na área de TI, mas sim na forma como são feitos todos os negócios, aproveitando uma TI mais ágil, flexível e focada em otimizar recursos para gerar receita e não mais custos.

Se formos trazer a TI Bimodal da teoria à prática, podemos citar alguns exemplos de como essa integração pode começar a ser feita: inicialmente a mudança de cultura com o apoio de profissionais experientes que sejam capazes de mostrar como o engajamento de todo o time pode contribuir para novas oportunidades de realização de negócios (uma tarefa que leva tempo, mas traz grandes benefícios), implementação de ferramentas que auxiliem a gestão dos processos de modo a permitir também este trabalho numa plataforma digital, integrada inclusive com redes sociais, geolocalização e mobilidade (com o uso de recursos, por exemplo, da computação na nuvem, que possibilita maior compartilhamento e insights em tempo real, a partir de dispositivos móveis e pontos remotos) para melhor identificação de circunstâncias favoráveis a maior lucro, lançamentos e soluções que destaquem a empresa no mercado.

Uma boa opção para as empresas

A gradativa aplicação da mentalidade de TI Bimodal nas empresas faz com que ela seja cada vez mais reconhecida como uma boa opção para o mercado e para manter a competitividade. A área de TI corporativa entende que reduzir os esforços na entrega de softwares é importante, tanto os que dizem respeito aos prazos como à satisfação. Grandes players já têm adotado essa tendência com sucesso, principalmente em outros países.

No Brasil, ainda vemos um mercado em abertura e tendencialmente em expansão para a TI Bimodal à medida que as empresas percebem a necessidade de atualizar seus departamentos e equipes para continuar desenvolvendo e aplicando tecnologia de ponta nas interações que faz tanto com clientes internos como externos, acompanhando a tecnologia que vem sendo usada no mundo para não estagnar os setores operacionais, o que acarretaria em progressiva perda de vantagem.

Embora o conceito de TI Bimodal – ainda novo — venha sendo aos poucos explicado e por isso enfrente alguma resistência dos profissionais que ainda não se acostumaram com esta nova proposta de modelo, tudo pode ficar mais simples com a adoção de ferramentas auxiliares e know how de especialistas no assunto, que possam levar bagagem de experiência para seu negócio e transformar positivamente o cenário de custos, velocidade e esforço na entrega de soluções.

Guia das Ferramentas DevOps

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Comentários

  • Rogério Santos

    REPLY

    A biblioteca da Itil V3, foi criado com o propósito de oferecer um número de benefícios para as corporações que utilizam suas práticas, tais como: o aumento da vantagem competitiva, redução de custos, crescimento e AGILIDADE, mais eficiência corporativa através da racionalização de processos de TI; melhor valor da TI através do alinhamento do negócio com a TI, e melhor satisfação de clientes e usuários,(definição extraída do post neste portal mesmo). Sendo assim TIbimodal nada mais é uma nomeclatura que foi criada, para se dar um nome a falta de entendimento do propósito da t.I. para os negócios bem como a falta de comprometimento dos gestores de T.I. com os negócios da empresa. Se olharmos bem o Cobit 5 e os benefícios que ele propõe, que são:
    – Manter informações de alta qualidade para suportar as decisões de negócios;
    – Gerar “valor” dos investimentos em TI, ou seja, atingir metas estratégicas e entregar benefícios de negócio por meio do efetivo uso da TI;
    – Atingir a excelência operacional por meio da aplicação confiável e eficiente da tecnologia;
    – Manter riscos relacionados com a TI em um nível aceitável;
    – Otimizar o custo de serviços de TI;
    – Manter a conformidade com leis, regulamentos, acordos contratuais e políticas.

    e aplicarmos efetivamente suas práticas, creio que estaremos utilizando o conceito de TIBIMODAL sem necessidade da realização de um estudo profundo.

    9 de fevereiro de 2016

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