Entenda o que é arquiteto de software e suas funções
O papel do arquiteto de software é muito mais importante do que se pensa. Considerando o usuário, para ele é frustrante, por exemplo, se deparar com um bug ou incapacidade do sistema de se conectar a alguma ferramenta externa. Além de causar ineficiência, tal situação impede o negócio de ganhar mais dinheiro e se destacar da concorrência.
Ao longo do texto, você entenderá que o arquiteto de software é responsável por várias partes essenciais de uma aplicação. Além de explicar o que esse profissional faz, falaremos das funções que ele exerce, quais habilidades têm e os principais desafios na hora de desenvolver um software. Continue lendo!
O que é um arquiteto de software?
O arquiteto de software é o profissional que define o padrão a ser seguido pela futura aplicação. Em outras palavras, para um sistema ser seguro, escalável e ter boa usabilidade, ele precisa ter uma estrutura capaz de prover todas essas características do lado do usuário.
Do contrário, o cliente que contratou o projeto não vai ter o retorno esperado. O arquiteto de software define, por exemplo, o quanto uma aplicação é capaz de se integrar a ferramentas externas, caso o negócio precise expandir sua operação ou implementar uma funcionalidade específica.
Para entender melhor a aplicação prática de uma arquitetura de software, vamos apresentar, a seguir, alguns dos principais padrões adotados pelo arquiteto. Confira!
Layers
Também conhecido por camadas, esta arquitetura costuma ser usada em sites de e-commerce. Na prática, uma aplicação de loja virtual é organizada em camadas de funcionalidades, que podem corresponder, por exemplo, à listagem de produtos e os meios de os clientes fazerem o pagamento de suas compras.
Cliente-servidor
Esta é uma arquitetura usada, por exemplo, quando o usuário faz uma busca via navegador. Instituições bancárias também usam esse padrão, que, assim como a arquitetura de camadas, é organizada em módulos. Na prática, um desses módulos costuma lidar com a coleta de dados, e o outro é responsável por manter esses dados devidamente armazenados, para uso posterior.
Sobre isso, é importante frisar que o papel do arquiteto de software passou a ser ainda mais importante, em virtude da LGPD, ou Lei Geral de Proteção de Dados. Basicamente, a legislação específica uma série de pontos a serem seguidos pelas empresas, sendo um deles o chamado ciclo de um dado. Este é um processo que visa, entre outras coisas, coletar, armazenar, tratar, alterar e excluir um dado, protegendo-o de ataques externos e acessos não autorizados de dentro da própria empresa.
MVC
O MVC (Model — View — Controller) é dividido em três camadas, que são o modelo, que consiste na lógica dos dados e sua manipulação, a interface de usuário (visão) e, por último, o controlador, que é o fluxo da aplicação. Uma das principais vantagens do MVC é a facilidade de manutenção do código, que pode ser feita em uma única camada, sem interferir nas demais.
Microsserviços
A arquitetura de microsserviços tornou-se amplamente usada como uma alternativa aos softwares monolíticos. Eles são caracterizados pelo código extremamente encapsulado e difícil de manter, além da dificuldade de integração a outros sistemas. Basicamente, a ideia dos microsserviços é criar aplicações modulares independentes entre si, pois isso, entende-se que diminui o encapsulamento. Além disso, a arquitetura de microsserviços permite fazer a manutenção em partes de um sistema, mas sem comprometer outras.
Quais funções ele exerce?
Para quem contrata uma empresa de desenvolvimento, o que se espera é um software fácil de usar e ajustado às necessidades do negócio. Depois que os requisitos são levantados, cabe ao arquiteto definir o que o sistema terá e, principalmente, o que não terá. A ideia é sempre focar na melhor experiência possível do cliente, além do retorno do seu investimento.
Dito isso, uma das principais funções do arquiteto de software é desenvolver o design da estrutura do projeto. Isso significa, por exemplo, especificar se o software terá orientação a objetos ou eventos. Outra função é o estudo de requisitos do sistema e proposição de um modelo de domínio capaz de atender às necessidades da equipe desenvolvedora.
Também podemos citar como função do arquiteto de software identificar quais tecnologias podem ser empregadas no projeto, definindo também quais metodologias serão empregadas, se uma abordagem em cascata ou algum método ágil, por exemplo.
Quais suas habilidades?
Entre as habilidades técnicas essenciais do arquiteto de software podemos citar os conhecimentos em back-end, front-end e full stack. Saindo um pouco da parte técnica, é importante que esse profissional goste de desafios, algo que não falta no cotidiano de quem trabalha com tecnologia. A análise de negócio é outra habilidade que o arquiteto deve ter.
Outras habilidade técnicas e não técnicas incluem:
- revisar códigos, pois, caso eles estejam complexos demais, é preciso enxugar;
- interagir com os clientes, sendo recomendável participar de reuniões com eles, na intenção de captar informações úteis no desenvolvimento do software;
- colaborar com os demais membros da equipe, em uma via de mão dupla, de modo a compartilhar e receber conhecimentos e experiências.
Para desenvolver tais habilidades, além da faculdade (ciência da computação e engenharia de software, por exemplo), é importante procurar cursos complementares, não só na parte técnica, mas também visando obter as soft skills, ou habilidades comportamentais.
Quais os principais desafios para desenvolver um software?
Neste tópico, podemos citar dois grandes desafios: integração e segurança. O primeiro, ao ser projetado pelo arquiteto, consiste em definir protocolos de envio e recebimento de dados, mesmo em programas feitos em linguagens e tecnologias diferentes. Se um software tiver pouca capacidade de integração , o cliente terá de abandoná-lo lá na frente, tendo de gastar mais na obtenção de outro sistema.
Sobre a segurança, é preciso observar três aspectos: a LGPD, a constante atualização das ameaças externas e os acessos não autorizados. Uma forma de lidar com tais pontos é uma abordagem chamada security by design, que consiste em implementar segurança ao software desde as etapas iniciais do seu desenvolvimento. Na prática, não só o risco de invasões de ransomware, por exemplo, são minimizados, mas também é feito um controle de acessos internos, evitando uma alteração de dados intencional ou inadvertida.
O arquiteto de software, à medida que desenvolve habilidades técnicas e comportamentais, pode lidar melhor com os desafios citados. Como vimos no texto, suas funções são de suma importância, visto que estão relacionadas, entre outras coisas, à performance, usabilidade, escalabilidade e segurança de uma aplicação.
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