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Fear-Fact-Faith

Fear-Fact-Faith – A base da nova TI

Como monitorar os projetos baseados em Fear-Fact-Faith?

Com a implantação da TI Bimodal, muitas coisas mudaram dentro das organizações e, principalmente, na área de TI. A classificação dos projetos, a distribuição entre equipes diferentes, com focos distintos, é uma enorme quebra de paradigma, porém, de nada adiantaria identificar e tratar os projetos de TI de maneiras diferentes se o restante da empresa continuasse a monitorá-los e avaliá-los de maneira tradicional.

O que a empresa deve esperar como resultado de investimentos feitos em projetos que têm como motivador o fear (medo)? Ela espera conseguir manter-se no mercado exatamente como está. Para isso, a atualização tecnológica e o atendimento de uma regulamentação ou solicitação de um grande cliente são argumentos mais que suficientes para a realização do investimento. Esses projetos deverão ser monitorados, mas não baseados no ROI (Retorno Sobre Investimento) que eles poderão proporcionar, nem no aumento de receita e muito menos na redução de despesas; o que deverá ser monitorado é a continuidade da receita nos padrões que estava antes do aparecimento da  necessidade que os motivou.

Para monitorar os projetos baseados em fact (fato), os conceitos e os processos utilizados são totalmente diferentes do primeiro caso. Os objetivos financeiros para os projetos baseados em fatos são muito bem definidos, normalmente, a empresa espera reduzir despesas com projetos de automação, padronização de processos e tecnologia, treinamento, redução de desperdício, redução da taxa de insucesso de projetos e compartilhamento de recursos. Para tudo isso, o sucesso será medido pela redução do custo operacional da empresa e o consequente aumento da lucratividade.

Quando os projetos possuem o foco em aumentar a receita – aumentando-se a produtividade dos profissionais, o lançamento de um novo produto, oferta de novos serviços, aumento da qualidade, fixação da marca para aumentar o valor de venda ou o deslocamento da concorrência –, o foco principal a ser medido está diretamente ligado ao aumento da receita, contudo, um cuidado importante deve ser tomado na monitoração desse tipo de projeto: as despesas não podem ultrapassar o planejado, pois, caso aconteça o sucesso do projeto, este estará em risco.

Podemos dizer que esses dois primeiros modelos de projetos são habituais e tradicionais nas corporações, pois, mesmo antes da implantação da TI Bimodal, era possível encontrar padrões e processos para auferir seus benefícios.

A grande mudança, e talvez a mais difícil, seja monitorar e avaliar o sucesso em projetos baseados em faith (fé). Sua predominância acontece em empresas que estão perdendo mercado e, muitas vezes, numa tentativa desesperada da alta administração, lança-se mão de uma nova tecnologia, um novo conceito e/ou novos produtos para uma tendência ainda inexistente no mercado para conseguir manter-se vivo, recuperando um mercado perdido ou tentando abocanhar uma fatia de mercado ocupada pelo concorrente.

Monitorar projetos desse tipo requer uma visão financeira e uma não financeira. O Valor Presente Líquido (VPL/NPV), a Taxa Interna de Retorno (TIR/IRR) e o ROI são balizadores para os financeiros. Já os parâmetros não financeiros são subjetivos, assim, uma maneira de monitorá-los é acompanhar a curva de adoção da tecnologia ou benchmarking e seus custos. Tais medidas ajudam na prevenção de riscos e na redução da incerteza.

Outra forma de reduzir os riscos com projetos incertos é a adoção de ciclos mais curtos de projetos e mais gerenciáveis nos seus entregáveis, e ter uma visão do portfólio de todos os projetos, o que ajuda na alocação de uma porcentagem dos gastos em projetos de alto risco.

É importante definir claramente os critérios de saída para esses projetos, objetivando minimizar riscos e reduzir as perdas. Talvez, o caso mais emblemático da história moderna de investimento em projetos baseados na fé seja o da Nokia – uma empresa finlandesa, criada em 1865, que fabricava celulose: a alta administração percebeu a perda de mercado e resolveu investir em um projeto totalmente diferente e inovador, então, durante duas décadas, trabalhou e desenvolveu celulares que, anos mais tarde, tornaram-se líderes no mercado mundial e foram recentemente adquiridos pela Microsoft.

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