5 previsões para a tecnologia em análise e desenvolvimento de sistemas
O mercado de tecnologia em análise e desenvolvimento de sistemas vem sofrendo grandes mudanças nos últimos anos. Como a própria TI, enquanto segmento e como ciência do conhecimento, também vem sendo drasticamente modificada, nessa área não poderia ser diferente. Há mudanças significativas tanto para os empresários do ramo quanto para os profissionais que nele atuam.
A chamada Era da Transformação Digital, que engloba todos os movimentos tecnológicos em alta a partir de 2010 (cloud computing, mobilidade, internet das coisas, Big Data etc.) também está impactando o mercado de análise e desenvolvimento — de acordo com a consultoria IDC, influenciadas por essa tendência, as empresas da América Latina devem movimentar mais de 139 bilhões de dólares em TI em 2016, mesmo num momento de crise econômica para a maioria dos países da região.
Vamos conversar sobre isso neste artigo. Você verá quais são as previsões para a tecnologia em análise e desenvolvimento de sistemas para os próximos anos. Confira!
Tendências para o mercado de tecnologia em análise e desenvolvimento de sistemas
Veja, a seguir, o que dizem os principais formadores de opinião sobre as tendências em análise e desenvolvimento de sistemas ao redor do mundo:
1. Convergência dos sistemas de transação e análise
Em entrevista concedida ao SandHill.com, o vice-presidente da Denodo, uma empresa norte-americana líder em virtualização, declarou acreditar que está nascendo o que ele chamou de “Transalytics”. “A convergência dos sistemas de transação e de análise. Essa convergência será conduzida por três principais tecnologias: plataformas em memória, ferramentas de BI e motores de transação e armazenamentos de dados, cada vez mais poderosos”.
O executivo aponta o aumento da utilização de ferramentas de “integração inteligente”, como motores de virtualização de dados e armazenamento em cache que sabem “quando empurrar o processamento dos dados e quando trazer os dados para o front-end para o processamento in-memory”.
Cada vez mais, as práticas de análise de dados devem influenciar os processos de desenvolvimento. Tanto no que diz respeito à criação de algoritmos capazes de estruturar e ordenar grandes quantidades de informação e apresentá-las de forma facilitada aos executivos de negócio quanto como expectativa dos usuários. Cada aplicação que sai da fábrica de software, a partir de agora, deve ter um sentido explícito ao negócio para a qual é destinada.
2. Internet das Coisas: mola propulsora (e desafiadora) da indústria de softwares
Para o jornalista de tecnologia Adrian Bridgwater, colaborador da Forbes, a Internet das Coisas (IoT) é hoje um dos principais desafios para os gestores de desenvolvimento de sistemas. Em um artigo publicado no início deste ano, o profissional especializado na cobertura de tecnologia afirma que a IoT “não é uma tecnologia plug-and-play”.
Ele aponta quantidade a quantidade de plataformas, além do conhecimento e mão de obra especializada, necessárias para arquitetar e “re-arquitetar” aplicações no conceito de internet das coisas é imensa.
3. Intensificação do déficit de mão de obra especializada em desenvolvimento
Bridgwater, no mesmo artigo, aponta ainda a intensificação da falta de mão de obra, especialmente no que tange a especialistas em DevOps e desenvolvedores de aplicativos. Nos Estados Unidos, afirma, o número de jovens que estudam engenharia de software não é suficiente para as demandas do mercado. “Também não há mulheres suficiente na TI, apesar de estarmos avançando no equilíbrio de gêneros para diversificar as equipes”.
Em consonância com o observado pelo especialista, o Brasil também continua sofrendo com o apagão de mão de obra especializada em tecnologia em análise e desenvolvimento de sistemas. Em 2015, a consultoria IDC já apontava que na contramão do avanço da Cloud Computing, a falta de desenvolvedores seria o grande gargalo do mercado de TI nos próximos anos.
Esse é um desafio para os gestores de desenvolvimento, mas, olhando pelo lado dos desenvolvedores, pode-se dizer que há um aumento de oportunidades. Basta, é claro, que os profissionais se especializem e acompanhem a movimentação do mercado.
4. Desenvolvimento ágil como oportunidade e como exigência do mercado
Dagoberto Hajjar, ex-Microsoft, aponta em artigo publicado no portal MSN o surgimento do “desenvolvedor 3.0”. Para ele, profissionais capazes de desenvolver com rapidez, muita qualidade e interface fácil e amigável ao usuário são cada vez mais necessários.
O executivo aconselha os desenvolvedores a se especializarem em ferramentas como o Visual Studio Tools for Office (VSTO), que “permite que o desenvolvedor acesse e utilize diretamente a biblioteca de funções”, exemplificou.
Da mesma forma, como temos apontado aqui no blog da GAEA, há um avanço das metodologias ágeis de desenvolvimento e do método DevOps no Brasil para otimizar os projetos de desenvolvimento e potencializar negócios na área. Um estudo publicado no início de 2016 mostra que o país como a quarta maior referência em DevOps no mundo. Por aqui, cerca de 16% das empresas já foram bem-sucedidas ao utilizar a metodologia — apenas Estados Unidos, Índia e Suíça estão mais bem posicionadas, os dois primeiros com 25% e o último com 23% de sucesso.
5. Plataformas como serviço (PaaS) como facilitadoras de desenvolvimento e entrega, além de redução de custos
Em 2016, os investimentos em serviços de nuvem pública e nuvem privada devem crescer 40%, para US$ 3,6 bilhões na América Latina, de acordo com a IDC. Nesse movimento, a adoção de plataformas como serviços (Platform as a Service, ou PaaS), tais como Pivotal Cloud Foundry, SalesForce Heroku, entre outras, vem como um facilitador de codificação ágil, testes e implementações de aplicações na nuvem.
Como previu lá em 2012 a própria IDC, há uma verdadeira “explosão” de ofertas e aquisições de PaaS específicas da indústria (serviços pré-construídos específicos para determinados segmentos de mercado).
Entre os benefícios de uma plataforma como serviço (PaaS) para as equipes de desenvolvimento, destacam-se mais concentração no desenvolvimento, por transferir diversas responsabilidades para o provedor (gerenciamento, licença de uso, manutenção de infra e atualização etc.), agilidade no desenvolvimento e testes, redução de custos etc.
O que você achou dessas tendências? Você já consegue percebê-las no mercado? Aproveite para conferir também nosso artigo sobre as tendências de TI que transformarão o desenvolvimento de software!