Guia completo sobre o uso da realidade aumentada nas empresas
A realidade aumentada nada mais é do que um recurso tecnológico capaz de combinar a realidade e elementos visuais virtuais em um mesmo contexto. Você se lembra de quando lançaram o Pokémon Go? Esse é um exemplo típico do recurso, que também é utilizado por empresas do setor de móveis, tintas, vestuário etc.
Apesar de ser uma tecnologia relativamente nova, ela já está sendo bem explorada por muitos negócios do segmento de tecnologia e também fora dele. E a tendência é que esse uso seja cada vez mais frequente, afinal, todos nós já estamos familiarizados com o recurso.
Quer saber mais? Fique de olho!
1. O que é realidade aumentada?
Você provavelmente já interagiu com a realidade aumentada em algum nível. Duvida? Então, tente lembrar quantas vezes você já usou algum dos filtros do Instagram, especialmente aqueles que colocam orelhinhas e focinho de cachorro ou gato… Viu, só? Essa tecnologia é mais comum do que você pensa.
A realidade aumentada usa a nossa realidade como base e projeta nela alguns elementos virtuais. Esses elementos podem ser informações, como as medidas de um objeto, ou o próprio objeto.
E é claro que esse recurso pode ser usado de diversas formas estratégicas para promover cada vez mais conversões no e-commerce e fora dele. Imagine, por exemplo, que você consiga fornecer uma espécie de interação virtual com o seu produto para o cliente antes mesmo que ele chegue a comprar de você.
2. Qual é a diferença entre realidade aumentada e virtual?
Antes de aprofundar um pouco mais o assunto, precisamos esclarecer que realidade aumentada (RA) e realidade virtual (RV) são duas coisas diferentes, apesar de muitas pessoas confundirem as coisas. A primeira você já conhece. Então, agora vamos conhecer um pouco mais sobre a segunda.
Realidade virtual é um ambiente ou recurso desenvolvido completamente a partir do virtual. E aí também existem exemplos bastante práticos, como é o caso dos games que se utilizam de RV e óculos especiais para “transportar” o jogador para outro universo, de forma totalmente imersiva.
Quer outro exemplo? Você já deve ter ouvido falar do metaverso. Esse recurso também é baseado na realidade virtual e, possivelmente, à medida que for sendo desenvolvido vai ganhar mais cara de “realidade”. Com recursos interativos, a ideia é que dê para fazer de tudo lá, desde trabalhar até aprender coisas novas.
3. Como a realidade aumentada funciona?
O funcionamento da realidade aumentada não é tão complexo. Na verdade, ele acontece a partir da criação de imagens e de criações de modelos 3D, com os quais o usuário normalmente pode interagir. A partir disso, as pessoas podem ver combinações entre o que é real e o que é virtual em uma espécie de integração “ao vivo”, como se fossem efeitos aplicados em tempo real.
Dessa maneira, a tecnologia vai complementando a realidade com diversos elementos, facilitando a visualização de uma situação. É o que acontece com os projetistas de móveis, por exemplo, que conseguem criar uma pré-visualização realista de como os cômodos ficariam com algumas mudanças.
O mesmo é válido para outras áreas. A medicina, por exemplo, já vem trabalhando em diversos recursos educacionais e práticos, que permitem que os estudantes e profissionais interajam com órgãos e sistemas virtuais que reproduzem o organismo humano de forma realista.
E, como você deve imaginar, isso pode ser replicado em muitas áreas diferentes, para finalidades distintas e sempre com base na gestão da tecnologia da informação.
4. Por que investir em realidade aumentada?
Felizmente, a realidade aumentada tem potencial para entregar uma série de benefícios para o mercado. Por isso ela tem se tornado tão atrativa aos olhos de alguns investidores. Então, que tal entender melhor como ela pode se transformar em vantagem competitiva para o empreendimento? Aproveite!
Desperta o interesse do consumidor
O consumidor é curioso e afoito por novidades. Quem não gostaria de estar em contato com um recurso super tecnológico, afinal? Por isso, quanto mais você estiver preparado para fornecer esse tipo de recurso, mais interessante e atrativo você se torna.
Empresas que já usam o e-commerce podem se valer dessa ferramenta para dar ao consumidor o “gostinho” de ter o produto antes mesmo de comprá-lo. Isso também contribui para aquisições mais acertadas, menos insatisfação e devoluções, por exemplo.
De modo geral, cada cliente terá a oportunidade de tirar suas dúvidas sobre o produto. E isso aumenta as chances de conversões mais eficientes. Consequentemente, você tem clientes mais satisfeitos com a sua marca e também com a experiência de compra.
Melhora a experiência de compra
Falando em experiência de compra, você pode usar a realidade aumentada para proporcionar um ótimo contato com a marca. Surpreender seu público com tecnologia de ponta é uma maneira de demonstrar que você está preparado para o mercado do futuro.
E, mais do que isso: a realidade aumentada torna a sua empresa e o produto mais próximos do consumidor. O resultado é um público mais engajado, mais satisfeito e mais propenso a recomendar sua loja para outras pessoas.
Com isso, sua empresa passa a gastar cada vez menos na aquisição de novos clientes e consegue otimizar a jornada daqueles que já compram com você. Em resumo, isso tudo demonstra mais maturidade e autoridade do seu negócio.
Aumenta a taxa de conversão
A realidade aumentada também aumenta a taxa de conversão de vendas, visto que o cliente se sente muito mais seguro em fechar uma negociação quando vê o produto de forma mais próxima. Para quem vende online, isso faz toda diferença no final.
A realidade aumentada é uma possibilidade para testar o produto e isso derruba várias objeções de vendas. Com menos objeções, as chances de fechar o negócio crescem e aí a empresa ganha com um volume muito maior de conversões.
5. Quais os tipos de realidade aumentada?
Para tornar a realidade aumentada próxima da sua realidade, convém entender melhor quais são os tipos de recursos que estão disponíveis dentro dessa modalidade. Vamos conferir? Olha só!
RA baseada em marcador
Essa é a realidade aumentada que usa o reconhecimento de imagem para funcionar. Em outras palavras, ela precisa de um objetivo e uma câmera para fazer o processo de digitalização e identificação do recurso — como um QR code.
Mas esse não é o único modo. Existem vários sinalizadores que podem estar presentes em um campo ou imagem e que criam conexão com o conteúdo disponível. A partir daí, a própria tela do celular começa a criar as animações em 3D.
RA baseada na localização ou na posição
Essa é uma realidade aumentada que funciona a partir do GPS, de uma bússola, de um giroscópio ou de um acelerômetro, por exemplo. Com ela, é possível fazer uma leitura virtual dos elementos que estão localizados em uma área física.
Ela serve para identificar pontos físicos como restaurantes, hotéis e terminais de transporte público. Em alguns casos, também é usada para localizar o usuário em relação a todo o espaço. Existem aplicativos que reproduzem a posição exata das estrelas e dos planetas exatamente de onde você está, por exemplo.
RA baseada em projeção
No caso da projeção, o produto desse recurso é uma espécie de holograma, como aqueles que vemos nos filmes. Isso é possível através da utilização de uma luz de fonte sintética, que recria imagens sobre superfícies físicas, seja em tamanho real ou não.
Em elementos mais avançados, o usuário consegue até mesmo interagir com o holograma. Porém, essa ainda é uma visão bastante futurista e pode requerer um pouco mais de tempo para ser desenvolvida com mais profundidade.
RA baseada em sobreposição
A realidade aumentada com base em sobreposição é aquela que tira a visão original de uma situação e coloca nela objetos virtuais. Isso pode ser feito completamente ou de forma parcial, substituindo itens ou apenas adicionando aos que já existem.
Imagine, por exemplo, que você está no site de uma loja de decoração e pode “experimentar” os itens na sua sala, em tamanho real, para saber se vai ficar legal ou não. Isso também pode ser útil para a projeção de ambientes inteiros, sejam eles internos ou externos.
6. Quais as tendências de realidade aumentada?
Imagine ler um livro ou uma revista e se deparar com um código ou imagem que remeta você para um universo virtual totalmente diferente do contexto em que você está. Nessa experiência imersiva, com o uso de fones de ouvido, por exemplo, você pode ser remetido à era medieval ou à natureza selvagem enquanto passa por aquele capítulo específico.
Isso é apenas uma pequena ideia do que a realidade aumentada pode fazer. Mas ainda existem diversas outras opções que vão desde a aplicação para o lazer quanto para o trabalho. As crianças poderão transformar seus desenhos em animações 3D e os projetistas verão seus desenhos se erguendo diante dos seus olhos, digitalmente.
Com isso, podemos esperar avanços cada vez mais úteis e aplicáveis nas nossas rotinas. Quer ver só?
Manual do usuário em RA
Futuramente, todo produto minimamente complexo já sairá da indústria com uma identificação de manual em RA, que o usuário poderá acessar e visualizar de forma prática as instruções para o seu uso. Tudo de forma imersiva e simples.
Dessa forma, você ficará sabendo de todas as usabilidades de um produto e como tirar o máximo de proveito disso. Além de conseguir obter instruções para resolver os problemas mais comuns e avaliar quando algo não está funcionando de acordo com o esperado.
Isso será particularmente útil para os dispositivos tecnológicos, para ferramentas de trabalho e para eletrodomésticos, por exemplo. E também facilitará a vida da empresa, que precisará enviar cada vez menos técnicos para resolver problemas simples.
O mercado de conserto e reparo também tem muito a ganhar com isso. Esses manuais levarão o serviço de manutenção a um outro nível, permitindo que os profissionais realizem o trabalho de maneira mais acertada.
Provador virtual
Outra solução que pode ser esperada são os provadores virtuais, em que cada consumidor poderá “experimentar” as peças de roupa e sapatos de uma marca de forma virtual. A solução é operacionalizada mais ou menos como os filtros do Instagram: você abre a câmera e vê a sua imagem projetada com as peças que escolheu.
Essa tendência será particularmente promissora para os e-commerces de vestuários, já que grande parte dos usuários se sente insegura em comprar online por não saber como a roupa ficará. E se você está preocupado quanto aos tamanhos, como seria contar com uma recomendação de tamanho aproximado? Tudo por meio da leitura e cálculo virtual de medidas.
Design de interiores em realidade aumentada
Outro setor que já vem ganhando destaque no uso de realidade aumentada e que deve crescer ainda mais nesse sentido é o de design de interiores e até mesmo o de arquitetura. Projetando ambientes de cima a baixo, os profissionais podem mostrar com precisão o resultado do trabalho para os clientes.
Inclusive, isso facilita o trabalho do planejamento de móveis, a aquisição de materiais decorativos, a escolha de cores e até mesmo a projeção de onde ficarão as aberturas com melhor circulação de ar e iluminação natural. Assim, as chances de frustração ao final do trabalho reduzem para próximo de zero.
Tour virtual
Quer se localizar melhor pelos lugares onde anda? Essa solução será cada vez mais precisa com o passar do tempo. Com a realidade aumentada você poderá navegar pelas lojas como quem navega pelas ruas no Google Maps.
Além disso, cada empreendimento poderá contar com os seus próprios marcadores, sendo indexadas nos mapas para que os consumidores a visitem. Dessa forma, você pode aumentar as chances de vender para quem não é da mesma cidade, por exemplo.
Imagens 360°
Esqueça o mundo das fotos de produtos na internet. Em breve, viveremos a era das imagens em 3D e 360º, além dos hologramas. Então, você poderá examinar um item completamente antes de decidir se quer ou não comprá-lo.
Isso ajuda a avaliar a qualidade dos itens, a inovação do design e detalhes que as fotos normalmente não mostram. Desse modo, seu público aumenta o engajamento e o interesse pelos itens, o que pode qualificar a relação dele com a marca.
7. Onde aplicar a realidade aumentada?
Você já deve ter percebido que existem várias formas de levar a realidade aumentada para o dia a dia dos negócios, certo? Mas que tal entender um pouco melhor como os diferentes setores estão incorporando essa ideia? Olha só!
Turismo
No turismo, a realidade aumentada tem facilitado muito o trânsito das pessoas por locais desconhecidos, adicionando elementos visuais nos mapas conforme o deslocamento vai acontecendo. Assim, fica mais fácil se orientar pelas cidades.
Mas você já imaginou, por exemplo, visitar um prédio histórico e poder acessar um conteúdo específico sobre o lugar? Existe uma galeria no Canadá que permite que as obras interajam com os visitantes, tornando a experiência muito mais otimista.
Educação
Na educação, a realidade aumentada ajuda a transformar o conhecimento em algo mais realista e próximo dos estudantes. Esse recurso é fundamental para manter o aprendizado interessante e, ao mesmo, inovador.
As aulas de história, de biologia, de física e até mesmo de matemática podem ganhar recursos visuais que permitam aprender de uma forma imersiva e interativa. Dessa forma, torna- se muito mais fácil e simples absorver o conteúdo.
Inclusive, os próprios materiais didáticos podem conter conteúdos cada vez mais interativos e tecnológicos, como textos seguidos de animações e elementos variados.
Marketing
A realidade aumentada também pode ser usada para qualificar o marketing de uma empresa e torná-la muito mais atrativa. Imagine, por exemplo, que como usuário você possa transitar entre diferentes unidades de uma mesma loja e “caçar” cupons de desconto nela, como no Pokemon Go.
Essa jornada pode tornar a missão muito divertida e, no final, se converter em vendas. Mas, mais do que isso, a experiência do cliente com a marca deixará uma memória muito positiva e um reforço importante para que ele se lembre da empresa como algo bom.
Medicina
A realidade aumentada também vem sendo usada na área da saúde, desde o diagnóstico de doenças e condições clínicas até o tratamento de pacientes. Com conteúdos interativos, os médicos podem imergir em uma intensa interação com o organismo humano e suas patologias.
Além disso, muitos softwares já projetam a leitura de exames reais em formas 3D, para que o profissional possa determinar tratamentos específicos de acordo com a anatomia de cada paciente. Isso aumenta a precisão das interferências e a segurança dos procedimentos.
Vendas
As vendas também podem se beneficiar disso e, nesse caso, não é só no segmento de vestuário. As equipes podem projetar seus produtos diante do cliente para que ele examine “de perto” a solução e investigue todos os detalhes físicos que precisar.
Isso é particularmente útil para lojas de móveis, para revendas de carros, para peças diversas e assim por diante. Quanto mais criativo você for nesse processo, maiores as chances de surpreender positivamente seu público.
8. Quais são os cuidados a serem tomados?
Se você está convencido a usar a realidade aumentada a seu favor, está na hora de ficar de olho em alguns cuidados que precisam ser tomados para levar esse recurso para dentro da rotina do seu negócio. Então, fique de olho e anote o que achar mais importante!
Conheça a persona do seu negócio
Nossa primeira dica é que você elabore uma persona e investigue suas características. Uma persona é um personagem semifictício que representa o seu cliente ideal. Ela vai ajudar a elaborar as melhores estratégias para apresentar o seu produto e para superar as objeções do cliente real.
Então, é fundamental que você defina qual é o grau de familiaridade que o cliente tem com tecnologia, quanta autonomia ele tem no processo de compra, qual é o seu poder aquisitivo, quais são os tipos de conteúdo que ele mais consome e o que chama a sua atenção, por exemplo. Só então você estará preparado para elaborar estratégias mais atrativas.
Faça um planejamento
O próximo passo é trabalhar em um planejamento que comporte todas as fases de implementação dessa tecnologia. Tenha em mente que, além de entender o seu público, você precisará destinar um orçamento para as aquisições necessárias, além de definir um cronograma que respeite o tempo necessário para desenvolver cada solução.
É preciso avaliar se esse projeto é mesmo viável e se você terá verba e tempo hábil para gerar esse recurso. Não se esqueça de mobilizar a equipe responsável e promover o treinamento dos colaboradores para que eles dominem a ferramenta.
Verifique a disponibilidade de orçamento
Além de se certificar que a empresa tenha dinheiro para implementar a nova tecnologia é fundamental que seja feita uma projeção para os meses seguintes. Isso vai garantir que, além de disponibilizar realidade aumentada para os clientes, você vai conseguir manter o recurso funcionando.
Isso porque poderão ocorrer imprevistos, necessidade de melhoria, ajustes e outras demandas pelo caminho. Portanto, esteja pronto para arcar com elas, garantindo a melhor experiência possível para o usuário final.
Faça testes
Não se esqueça de testar diferentes opções para ver qual é a que se encaixa melhor nas demandas do seu público. Portanto, separe seus consumidores em pequenos grupos e libere recursos distintos para cada um deles.
Depois, faça uma análise detalhada dos pontos fortes e fracos de cada um. Por fim, busque uma combinação otimizada de todos eles, dando prioridade para o modelo que funciona melhor na prática. Se for preciso, inclua ajustes pontuais.
Monitore os resultados
Não se esqueça de monitorar os resultados e ficar de olho no quanto a nova estratégia está gerando benefícios para o negócio. É interessante adotar uma métrica que sirva para acompanhar o desempenho desde a implementação da solução de realidade aumentada até depois de meses.
Procure medir os custos para a captação de novos clientes, o número de conversões online, o feedback e a avaliação do público, a satisfação dos consumidores e assim por diante. Também pode ser útil ficar de olho no número de trocas e devoluções antes e depois do recurso.
Como você viu, a realidade aumentada tem feito cada vez mais parte do nosso dia a dia. Por isso, é importante que a sua empresa esteja preparada para abraçar essa inovação e proporcionar uma experiência surpreendente para o público.
E agora que você já sabe como fazer isso, que tal nos contar aqui nos comentários qual foi a sua grande sacada sobre esse assunto?
