fbpx
Zero trust: entenda o conceito e suas aplicações!

Zero trust: entenda o conceito e suas aplicações!

Como já vimos em nosso blog, a segurança das informações armazenadas e utilizadas no cotidiano corporativo tem sido um campo de estudo amplo de muitos profissionais dessa área. Eles buscam a proteção e o controle do uso, das movimentações de dados e do armazenamento das informações digitais. Entre as principais filosofias da área de Segurança da Informação, encontramos o modelo Zero Trust.

Durante este nosso artigo, vamos entender o que é essa estratégia de segurança, quais são seus princípios e suas principais características. Também discutimos algumas questões de segurança enfrentadas pelas empresas para defender os dados sensíveis em um ambiente moderno onde os dados são recursos valiosos.

Continue sua leitura para entender por que o Modelo Zero Trust é cada vez mais utilizado como estratégia de segurança baseada na desconfiança e como ele pode ajudar sua empresa a proteger seus dados de ataques cibernéticos internos e externos. Vamos lá?

Como surgiu o Zero Trust: um pouco da história

O Modelo Zero Trust é uma estratégia de Segurança da Informação baseada na premissa de que nenhum usuário ou ponto dentro da rede corporativa é confiável, independentemente do seu histórico de acessos ou credenciais, até que se tenha certeza de que o usuário é mesmo quem diz ser.

O termo foi criado em 2010 pelo então analista John Kindervag, vice-presidente sênior e pesquisador na Forrester Research. John descreve nessa época o Zero Trust como uma nova abordagem à Segurança Cibernética, mais robusta e confiável.

Desde sua introdução, muitos especialistas adotam o conceito com ênfase no controle positivo dos dados sobre os usuários em um determinado sistema — exigindo verificar todas as requisições, antes que qualquer tipo de acesso aos recursos seja permitido.

A adoção desse modelo vem se tornando muito popular devido aos mais diversos avanços tecnológicos, principalmente naqueles aplicados por meio da computação móvel e serviços que necessitam de uma conexão diretamente com a nuvem.

“Nunca confie, sempre verifique”: entenda o que isso significa

Ao pesquisar na Internet, é comum encontrarmos a frase “Não confie, sempre verifique” quando o assunto Zero Trust vem à tona. Essa expressão deixa claro o que é necessário para seguir a estratégia do Zero Trust: sempre fazer verificações dos fatores relacionados a quem acessa quaisquer informações corporativas, para que se possa avaliar o perfil de risco associado a determinados acessos e informações.

Ou seja, as empresas precisam adotar medidas preventivas e constantes, buscando melhorar suas proteções computacionais por meio da verificação de fatores relacionados a quem e ao que é acessado em seus servidores e redes.

Outro motivo que justifica esse ponto de vista é que, como o modelo Zero Trust foi desenvolvido com base em um pressuposto de que nenhuma fonte interna pode ser confiada por padrão, ele traz a ideia da necessidade constante do monitoramento dos riscos potenciais relacionados às informações corporativas.

Dessa forma, é importante entender que, seja por meio dos mais diversos tipos de verificação contínua da identidade, seja por meio da autorização dentro e fora do ambiente virtual usando múltiplos fatores de autenticação, o objetivo principal do Zero Trust é: limitar a quantidade de danos causados por ataques maliciosos, fraudes cibernéticas e outros problemas de Segurança da Informação.

Conheça os pilares do Zero Trust

Os pilares do Zero Trust são compostos por alguns princípios fundamentais, essenciais para implementar um modelo de segurança mais robusto e otimizado, com foco na proteção de dados e prevenção de ataques. Ao longo deste tópico, abordaremos os principais pontos dessa abordagem de segurança, confira!

Monitoramento e verificação contínua

O primeiro e principal pilar do Zero Trust é a verificação contínua: todos os usuários e dispositivos são verificados antes de terem seu acesso concedido. Isso inclui autenticações fortes baseadas em múltiplos fatores (para determinar suas credenciais de forma segura), além da realização frequente de análises comportamentais.

Ainda, podemos considerar a verificação contínua como extremamente importante para os sistemas modernos, pois ajuda as organizações a garantirem que os usuários e dispositivos sejam autorizados antes de obter o acesso à qualquer rede interna. Tal ação protege contra agentes externos tentando invadir as redes por meio do roubo de credenciais ou mesmo de engenharia social.

Dar mais atenção para a verificação de credenciais continuamente também reduz significativamente a possibilidade de qualquer erro humano na concessão indevida do privilégio administrativo, pois sempre serão usados processos adequados para avaliar fatores como confiabilidade e comportamento anômalo.

Microssegmentação

O segundo pilar do Zero Trust que trazemos, a microssegmentação, consiste em dividir o ambiente de computadores e dispositivos conectados na rede interna da organização. Esses segmentos são separados por níveis de controle e são geralmente baseados nos usuários finais.

Em conjunto, são utilizados métodos específicos para detectar ameaças, além de restrições necessárias para determinadas áreas na rede. Tal ação proporciona melhor uso dos mecanismos de proteção, prevenindo inúmeros tipos de ataques.

Com isso, também temos uma maior visibilidade sobre todo o tráfego em uma rede pelo monitoramento contínuo dessas “zonas segmentadas” e de maneira separada e independente. O objetivo é eliminar qualquer forma de comunicação que não queiramos entre as partes da rede e deixar as informações da empresa desnecessariamente expostas.

Automação baseada em contextos

A automatização baseada em contexto é uma abordagem moderna usada para fornecer suporte aos usuários nas tomadas de decisões. Esse tipo de automação oferece um ambiente inteligente, possibilitando às pessoas personalizarem seus serviços, tarefas e recursos — com base nas preferências específicas do usuário (ou no conteúdo da informação atualmente disponível).

Ou seja, os mecanismos de análise detectam padrões nos dados obtidos em tempo real ou a partir de relatórios, aprendendo (por meio de métodos modernos, como Machine Learning ou Inteligência Artificial) qual seria o processo mais adequado para um determinado problema ou necessidade de um sistema.

Para o Zero Trust, a automação baseada em contexto é um dos principais pilares para prover controles específicos por usuário, que sejam ajustados dinamicamente e conforme o estado atual do ambiente.

É possível, portanto, criar processos e sistemas inteligentes capazes de gerenciar autonomamente serviços (incluindo a autenticação), monitorando os comportamentos normais e anormais (por meio da detecção avançada) nesses ambientes controlados.

Essa abordagem também pode ser útil na simplificação do trabalho operacional diário nas organizações, principalmente ao fornecer informações contextualmente relevantes (sobre os riscos existentes no sistema) aos técnicos e gestores responsáveis.

Saiba o que é necessário para aderir a esse tipo de nível de segurança

Até aqui, já entendemos bem que o Zero Trust é uma abordagem de segurança cujo objetivo é tornar uma rede informacional mais segura. É baseado na noção de que ninguém, nem mesmo usuários internos da própria empresa, pode ser confiável sem antes ocorrer a validação das credenciais de cada um.

Para aderir a essa estratégia modernizadora e incluí-la no sistema da sua empresa, o primeiro passo é conhecer os protocolos envolvidos e definir todas as políticas necessárias para garantir a proteção dos seus dados.

Por exemplo, haverá casos em que pode ser necessário usar um sistema de autenticação multifator para garantir que somente os funcionários com credenciais adequadas possam acessar determinados recursos ou serviços; em outros, serão necessárias medidas mais rígidas para a devida autenticação.

O ideal também é ter a clareza de qual o impacto esse investimento trará à longo prazo. Assim como quais medidas serão implementadas para mediar essas questões — entender o funcionamento dos servidores e redes já existentes na empresa ou remodelar alguns parâmetros com relação às novas tecnologias que serão implementadas pode ser crucial para o negócio em alguns momentos.

Além disso, é preciso identificar quem terá acesso à qualquer informação e estabelecer um plano de controle de acessos para que os usuários possam validar suas credenciais com segurança. Por fim, monitorar o sistema regularmente deve fazer parte do processo de inclusão do Zero Trust em uma empresa, garantindo maior modernização e segurança nas informações corporativas.

Entenda em quais casos o Zero Trust pode ser aplicado

Como você já deve ter compreendido, o conceito de Zero Trust é uma abordagem em que a tendência é ser mais popular nos próximos anos e mostra-se como um bom investimento na área de segurança de qualquer empresa moderna. Vimos que é baseado na premissa de que nenhum usuário deve ser cegamente confiado, independentemente do contexto em que estejam, até que sua identidade seja confirmada.

Portanto, as comunicações entre essas partes precisam passar por autenticação e verificação antes mesmo que elas possam estabelecer conexão. O modelo Zero Trust pode ser aplicado tanto nos sites quanto nas cloud services (como no caso do SaaS), bem como sistemas legados localizados nos limites de uma rede corporativa interna.

Quando implementado corretamente, oferece benefícios significativos para qualquer organização, incluindo desde controles contínuos sobre quais recursos estão sendo acessados e até mesmo oferecer maior visibilidade às atividades realizadas pelas equipes, auxiliando na assertividade das decisões tomadas pelos gestores e analistas de segurança.

Além dessas vantagens, o Zero Trust ainda contribui para a proteção contra malwares e ataques DDoS: como essa abordagem adota princípios de “confiança mínima” em que todas as conexões com o banco de dados (ou qualquer ponto da rede) são tratadas como suspeitas desde o início, independentemente do seu ponto de origem, essas ações maliciosas costumam não surtir nenhum efeito.

Se você considera implementar essas inovações, saiba que contar com uma parceria estratégica e experiente, que compreenda os detalhes do ambiente específico da sua organização, é fortemente recomendado.

A empresa escolhida precisa ser confiável e atualizada nas questões ao entorno do Zero Trust. Assim, será possível ajudar nas mais diversas dimensões: conexão entre as plataformas existentes, planejamento técnico adequado para suportar o projeto; bem como na execução dessa implementação, garantindo maior segurança e produtividade possíveis, gerando um melhor retorno em seu investimento.

Quer saber mais formas de otimizar os investimentos na área de TI? Baixe agora mesmo nosso e-book e descubra como identificar os principais gargalos na produção que podem atrapalhar muito o seu time. Acesse e confira!

Deixe um comentário