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Modelagem de ameaças, saiba o que é e qual a sua importância

Modelagem de ameaças, saiba o que é e qual a sua importância

A modelagem de ameaças é um processo que ganha cada vez mais proeminência dentro das equipes de TI. Com a transformação digital, para a proteção dos ativos e por consequência dos negócios, é necessário um trabalho muito mais aprofundado e elaborado.

Essa abordagem foi projetada para ajudar as equipes de segurança digital a encontrar e identificar proativamente possíveis riscos, trabalhando em cenários, metodologias de resposta e outras formas de detecção de ameaças.

Como os criminosos virtuais estão sempre criando novas maneiras de invadir sistemas e roubar dados, a modelagem de ameaças precisa evoluir na mesma medida e isso requer um trabalho duro de todos os envolvidos, a começar pela conscientização.

Neste artigo, vamos entender o que é a modelagem de ameaças, quais erros devem ser evitados e as vantagens da adoção desse processo. Confira!

O que é modelagem de ameaças?

A modelagem de ameaças é um procedimento que visa a otimização da segurança de aplicativos, sistemas ou processos de negócios, identificando vulnerabilidades e, em seguida, definindo as medidas necessárias para prevenir ou mitigar os efeitos das ameaças ao sistema.

Ou seja, é um processo completo, que busca ir muito além da simples identificação de uma ameaça, ajudando integrar soluções.

Esse processo permite a identificação dos requisitos de segurança de um sistema. É um processo estruturado que tem como objetivo principal a identificação de potenciais ameaças e vulnerabilidades, para que seja possível mitigar os riscos que possam atingir os recursos de TI.

Também faz com que os gestores de TI entendam como essas ameaças impactam o setor, classificando-as de acordo com sua gravidade, para que sejam implementados os controles adequados.

Qual a importância da modelagem de ameaças?

Quando o assunto é segurança de software, a modelagem de ameaças se apresenta como uma parte crucial do projeto de desenvolvimento . Isso porque não é viável o desenvolvimento de sistemas e softwares que estejam em conformidade com as políticas de segurança e os requisitos de privacidade, sem avaliar e mitigar as ameaças.

A modelagem de ameaças com base em tecnologia da informação, começou a ganhar popularidade durante a década de 1990. Esse crescimento se dá a partir da definição dos perfis dos invasores e das ameaças identificadas. Depois disso, foi possível a identificação e padronização das ameaças e de suas eventuais soluções.

Hoje em dia, há outras abordagens, quase todas criadas a partir da desconstrução dos elementos de um aplicativo, como foco na identificação dos ativos a serem protegidos e as possíveis ameaças a serem mitigadas.

Quais são os erros comuns na modelagem de ameaças?

A modelagem de ameaças é um dos processos de segurança mais complexos, que pode levar a equívocos e erros que podem prejudicar o processo geral. Veja abaixo quais são os principais erros que devem ser evitados.

Tratar a modelagem de ameaças como um processo simples

A modelagem de ameaças abrange ameaças e cenários de forma muito mais holística. Não se trata de algo simples como um teste de penetração ou treinamento de conscientização de segurança.

Embora esses processos sejam eficazes e contribuam para o combate às vulnerabilidades, a modelagem de ameaças é muito mais completa, pois fornece ao gestor um panorama sobre toda a empresa, deixando claro se a equipe de TI está ou não preparada para agir — ao mesmo tempo em que entrega a proatividade aplicável baseada em processos.

Acreditar que é um processo voltado para grandes infraestruturas

Embora seja um processo complexo, a modelagem de ameaças não é exclusiva de infraestruturas maduras e robustas. Mesmo as pequenas e médias empresas podem ter bons resultados trabalhando em algumas etapas básicas para identificar alguns pontos cegos importantes.

Ao começar desde cedo, o gestor de TI cria a sua base, podendo incluir check-ins regulares para desenvolver sua modelagem de ameaças, amadurecê-la e torná-la mais eficaz à medida que o setor cresce, aumenta seus recursos e disponibilidade.

Acreditar que esse processo só deve ser aplicado em uma implementação importante

Voltando para a aplicação da modelagem de ameaças nos processo de desenvolvimento, quando a equipe de TI libera um novo código, um novo produto ou uma atualização importante, sem modelagem de ameaças, passa a assumir um risco desnecessário. Você não apenas está se permitindo implantar algo que é potencialmente vulnerável, mas também não sabe a extensão da ameaça ou do risco.

A modelagem de ameaças deve ser aplicada nesse cenário, pois possibilita que não haja vulnerabilidades fáceis de explorar e, ao mesmo tempo, fornece as informações detalhadas necessárias para que a equipe seja proativa em caso de comprometimento ou incidente de segurança.

Quais são as vantagens da modelagem de ameaças?

Quando executada corretamente, ela fornece uma linha de visão clara em um projeto de software, dando base para os esforços de segurança. O processo de modelagem de ameaças ajuda com a documentação das ameaças de segurança e com a tomada racional sobre como resolvê-las.

Sem essa modelagem, os gestores poderiam agir precipitadamente com base em evidências escassas ou inexistentes. veja abaixo outros benefícios que a modelagem de ameaças pode trazer:

  • possibilita a detecção de problemas no início do ciclo de vida de desenvolvimento de software — mesmo antes do início da codificação;
  • Identifique falhas de design que os métodos tradicionais de teste e revisões de código podem ignorar;
  • permite a identificação de novas formas de ataque que vocês talvez não mapearam de outra forma;
  • possibilita a identificação dos requisitos de segurança;
  • permite a correção de problemas antes do lançamento do software, evitando retrabalhos de codificação após a implantação;
  • amplia a visão em relação às ameaças, indo além dos ataques padrão e aos problemas de segurança exclusivos do seu aplicativo.

Esperamos que, após a leitura deste post, você tenha entendido o que é modelagem de ameaças e a importância desse processo para a identificação das reais vulnerabilidades que um software ou infraestrutura apresenta e quais ações devem ser tomadas para mitigá-los.

Em tempos de transformação digital, não contar com essa estratégia sólida pode significar menor vantagem competitiva, maiores gastos com retrabalhados e possibilidade de perda de dados sigilosos.

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