Segurança digital: guia com principais questões sobre o tema!
A tecnologia digital mudou a forma como o mundo funciona, disso ninguém tem dúvidas. É possível armazenar grandes quantidades de informação em um espaço cada vez menor, acessá-la a qualquer distância e realizar tarefas complexas em questão de minutos. Porém, junto com toda essa praticidade e eficiência, também surgem várias questões com relação à segurança digital, especialmente nas empresas.
Apesar de seus benefícios, essas ferramentas também abrem portas para criminosos que buscam informações sensíveis sobre sua empresa, seus clientes e colaboradores. Por isso é fundamental aprender o máximo possível sobre o assunto e quais medidas adotar para minimizar esses riscos dentro do seu negócio.
Acompanhe e veja as principais questões sobre segurança digital que você precisa conhecer.
O que é segurança digital?
Quando você utiliza a tecnologia digital no dia a dia, seja como parte do seu negócio ou para uso pessoal, é necessário tomar algumas atitudes para sua proteção. A segurança digital é a combinação dessas ações, com o objetivo de minimizar riscos ao seu sistema, dados pessoais, redes e dispositivos conectados, reduzindo as chances de um ataque cibernético bem sucedido.
Sua atuação prática é bem ampla, se aplicando à proteção de dados e informações, prevenir acessos indevidos e garantir que certos processos ocorram sem impedimento. Isso inclui desde a troca de mensagens entre indivíduos até transferências bancárias de grandes valores. Dois cenários bem comuns em ambientes corporativos.
Qual é a diferença entre segurança digital, cibersegurança e segurança das informações?
Apesar de serem conceitos parecidos, eles representam coisas diferentes no que diz respeito à proteção digital. A segurança digital é o conceito mais abrangente, envolvendo todas as medidas e recursos usados para garantir que um sistema está protegido contra ameaças.
A segurança da informação é um desses segmentos, com ferramentas e ações voltadas para impedir o roubo de dados em dispositivos. Ela se baseia em três princípios: a autenticidade da informação, a integridade dos dados e sua disponibilidade. Ou seja, medidas para garantir que a comunicação seja segura, eficiente e autêntica.
Já a cibersegurança, por sua vez, tem um foco ainda mais abrangente, envolvendo todos os possíveis riscos de utilizar a tecnologia no dia a dia. Inclui vazamentos de dados, vírus, invasões, entre outras coisas.
Quais são os pilares da segurança digital?
Para assegurar a proteção digital do seu negócio, é necessário ter em mente quais são seus fundamentos e como ela é colocada em prática. Sua execução e planejamento são bem mais complexos e elaborados do que a maioria das pessoas pensa.
Veja aqui os pilares da segurança digital e o que eles representam.
Pessoas
O primeiro pilar com o qual você deve se preocupar é o usuário da sua rede, o indivíduo que interage no meio digital com outras pessoas. Mesmo investindo em todo tipo de proteção para seus sistemas e redes, se os usuários não estão preparados para contribuir com essa segurança, então ela não será tão efetiva.
Tudo começa com a instrução adequada dos usuários. É o indivíduo que interage com mensagens, e-mails e arquivos no dia a dia, tendo maior controle sobre o que entra e o que sai do sistema da empresa. Sendo assim, cada uma precisa saber como identificar essas ameaças e neutralizá-las antes que causem danos.
Fora isso, o design do seu sistema e das medidas de segurança adotadas também precisa levar em conta os usuários. Isso é bem ilustrado no conceito de Security User Experience, a ideia de que a qualidade da experiência do usuário também afeta a segurança de um sistema. Se as medidas de proteção têm um impacto muito negativo no uso da tecnologia, as chances de serem seguidas são bem menores.
Tecnologia
Claro, para que os usuários aproveitem uma boa segurança, você ainda deve investir em ferramentas e recursos para alcançar esse objetivo. Não importa o quão cuidadoso o colaborador seja com o uso de arquivos, pendrives ou ao abrir e-mails se qualquer criminoso pode acessar sua rede com facilidade.
O mais importante aqui é entender como essa tecnologia funciona e quais são suas principais portas de entrada para os criminosos. A partir disso, é necessário definir quais ferramentas de segurança e medidas em seu backoffice serão usadas e como serão aplicadas para minimizar esses riscos.
Também é importante lembrar que essas medidas devem ser atualizadas regularmente, no mesmo ritmo que novas tecnologias são adotadas. Com o tempo, os sistemas são aprimorados para trabalharem de forma mais eficiente, além de reduzir sua vulnerabilidade. Porém, para fazer melhor uso desses avanços, também é necessário aprimorar as demais ferramentas de segurança utilizadas.
Processos
Em muitos casos, o que determina o dano causado por um ataque virtual é o quão preparada a empresa está para responder a essa ameaça. Não apenas em relação às suas ferramentas, mas principalmente com um plano de ação. Quanto mais rápido você consegue responder a um ataque, menores são as chances de que ele seja bem-sucedido.
Se você tem ferramentas de segurança adequadas, então deve detectar uma tentativa de invadir a rede da sua empresa. Porém, detectar é apenas o primeiro passo. Sua equipe precisa de orientação clara para lidar com essa ameaça, ações que dificultem o processo de invasão e reduzam suas chances de sucesso.
Nos casos em que o ataque é bem-sucedido e o criminoso consegue acesso ao sistema, também é importante ter planos de contingência para minimizar danos. Por exemplo, apagar todos os dados para evitar que sejam roubados, desligar o sistema e todas as suas conexões ou mesmo alertar clientes e colaboradores para que possam tomar suas próprias ações de segurança.
Quais são as ameaças digitais mais comuns para sua empresa?
Um dos passos mais importantes para lidar com qualquer possível ameaça de segurança digital é entender como elas funcionam e como responder. Veja a seguir algumas das mais comuns e o que você pode fazer para evitá-las.
DDoS
Abreviação de Distributed Denial of Service (ataque de negação de serviço), o DDoS é um tipo de ataque virtual em que o objetivo é sobrecarregar uma rede, de modo que ela não consiga mais responder a novas solicitações. Ou seja, enquanto o ataque está em ação, a única resposta possível para novas solicitações é uma negação de serviço.
Para isso, o criminoso utiliza uma ou mais máquinas para enviar solicitações de alta complexidade ao seu alvo, que pode ser um servidor ou uma página web. Há casos em que computadores de terceiros são invadidos e usados para realizar essas solicitações. Se o número for grande o suficiente e o volume for constante, o ataque é bem sucedido.
O objetivo final do ataque pode ser apenas derrubar a rede, ou criar uma vulnerabilidade no sistema. Não se trata de uma invasão direta, pois não há um acesso ilícito.
Malware
Esses são os softwares maliciosos (Malicious Softwares), programas desenvolvidos com o intuito de infectar um computador e executar alguma ação ilícita. O termo em si é bem abrangente e pode se aplicar a vários tipos de programas, incluindo vírus.
A maioria dos malwares é criada para passar o maior tempo possível em um sistema sem detecção. Assim, podem continuar utilizando a máquina para executar suas funções ou para coletar dados do computador. Por isso é importante ter cuidado redobrado para impedir que eles se instalem.
Muitos desses programas contam com um usuário para permitir sua entrada. É o caso de programações que são executadas sem verificar sua autenticidade ou arquivos baixados de fontes suspeitas. Pen-drives, por exemplo, são uma fonte comum de malwares, especialmente aqueles usados em computadores públicos que não possuem medidas de segurança.
Phishing
E-mails, SMSs e outras formas de mensagens online também são canais para a entrada de ameaças em um sistema. Essa prática hoje é chamada de Phishing, que vem de “pescaria”, pois consiste em enviar várias “iscas” para tentar fisgar os usuários.
Nessa prática, um criminoso dispara uma grande quantidade de mensagens para uma lista de usuários se passando por uma fonte autêntica, como uma empresa. Elas contêm algum link malicioso ou arquivo com malware. Assim que o usuário clica no link ou no arquivo, pode baixar o malware em seu dispositivo ou ser redirecionado para uma página falsa pedindo informações sensíveis.
A verdade é que é impossível impedir que o phishing aconteça, pois a coleta de dados online é constante. Em algum momento, um criminoso vai descobrir o seu contato e adicioná-lo à sua lista. A melhor forma de se proteger dessa ameaça é saber diferenciar essas mensagens de e-mails autênticos.
Ransomware
Outra categoria de software malicioso, o Ransomware é um programa que realiza o roubo de informações para usá-las como “refém”. Quando o aplicativo é executado, ele criptografa os dados do computador, tornando-os inacessíveis. Na maioria dos casos, o programa solicita o pagamento de uma taxa para fazer a devolução dos arquivos e torná-los acessíveis de novo.
Essa ameaça é particularmente difícil de lidar, mesmo com boas medidas de segurança. Isso porque, assim que os dados são criptografados, é mais difícil reverter o processo, já que a chave está contida no próprio Ransomware. Mesmo que o programa em si seja removido, isso não significa que será possível obter a chave para liberar os dados.
Engenharia Social
Nem todas as ameaças de segurança digital envolvem o uso da tecnologia como ferramenta principal de uma invasão ou roubo de dados. Na verdade, muitas pessoas conseguem obter informações sensíveis sobre a empresa através de engenharia social, ou seja, a manipulação de indivíduos para que eles mesmos enviem esses dados sem saber.
Essa tática é normalmente usada em combinação com outras formas de ameaça, geralmente com o intuito de abrir a primeira porta. Por exemplo, enviar um link se passando por uma pessoa conhecida para conseguir instalar um malware no computador. Também há casos de pessoas que se passam por membros importantes da empresa e solicitam informações sensíveis e dados pessoais.
Mais uma vez, a melhor solução é preparar a equipe para lidar com essas possibilidades. Além de identificar os sinais, também é ideal ter canais de confirmação, especialmente nos casos de uma solicitação falsa.
Quais são os tipos de segurança digital?
Por ser um conceito tão amplo, a segurança digital ocorre em diversos níveis, do individual até sistemas que afetam múltiplos negócios. Para facilitar sua organização, ela é dividida em vários tipos, de acordo com seu foco. Veja aqui os principais.
Operacional
Neste nível, seu planejamento é direcionado à segurança dos procedimentos internos da empresa, da forma como o trabalho é realizado diariamente. Tem a ver principalmente com quais perfis de usuários tem acesso a quais informações, como elas são transmitidas no dia a dia e quais vulnerabilidades surgem a partir disso.
O foco da segurança operacional é garantir que as rotinas de trabalho envolvendo a tecnologia digital ofereçam segurança por si só. Se os dados da empresa passam por algum canal que pode ser facilmente violado, então é necessário alterar essa parte do seu operacional para cobrir essa vulnerabilidade.
Rede
Ataques a nível de rede são aqueles que envolvem a conexão da empresa com outros dispositivos. O DDoS é um bom exemplo disso, pois envolve uma ação dos criminosos sobre a rede do seu negócio. Essas ameaças tendem a apresentar um impacto bem amplo no funcionamento do seu negócio, além de poderem criar outras vulnerabilidades.
Outra questão importante é que, quando há um aparelho vulnerável em sua rede, ele pode servir de porta de entrada para o resto dela. Por exemplo, um malware vindo de fora ou solicitação de acesso indevida podem ser detectados e interrompidos automaticamente.
Porém, se essa mensagem partir de um aparelho considerado confiável, ela pode ser ignorada pelos softwares de segurança. Por isso que muitos invasores buscam primeiro um dispositivo vulnerável.
Usuário
Enquanto houver a presença de um usuário acessando uma rede ou banco de dados, há uma porta de entrada que pode ser usada por criminosos para alcançar o seu sistema. Isso é inevitável. Por isso que há tanta ênfase em garantir que esses acessos sejam realizados de forma segura.
As medidas de segurança digital nesse ponto são bem mais amplas, mas cada aspecto ainda é indispensável por si só. Envolve desde a preparação da equipe para realizar esses acessos corretamente até o uso de aparelhos seguros e através de redes não vulneráveis. Mesmo as pequenas precauções aqui fazem uma grande diferença em seu desempenho.
Quais são as principais medidas de segurança digital que você deve adotar?
A importância de proteger seu negócio contra-ataques digitais já é bem clara. A questão é saber como fazer isso, quais ações devem ser priorizadas e como implementá-las em suas rotinas. Veja aqui alguns dos principais exemplos, seus benefícios e como adotar estas medidas.
Análises de vulnerabilidade
Sem dúvida, o procedimento mais importante para a segurança digital de qualquer negócio é um estudo aprofundado das suas vulnerabilidades. Infelizmente, não existe um sistema que seja verdadeiramente à prova de invasões. Como já mencionamos, enquanto houver um ponto de acesso, haverá também uma forma de invadir o sistema.
Porém, se você conhecer as principais vulnerabilidades do seu negócio, então pode definir as ações certas para minimizá-las. Durante essas análises, a equipe de TI tenta encontrar possíveis falhas nos procedimentos de segurança, além de criar propostas para corrigi-las.
Esse processo é essencial para a proteção do seu negócio, de seus colaboradores e também clientes. Por isso ele deve ser realizado regularmente, especialmente quando novas ferramentas ou procedimentos são adotados.
Mecanismos de autenticação
Digamos que um usuário de uma rede tem um perfil e senha fáceis de distinguir ou que essa informação seja obtida por outros meios. Nesse caso, um invasor usa esses dados para entrar no sistema da empresa sem ser detectado, pois a conta utilizada é considerada confiável, não importa quem a use.
Esse é um problema grave para qualquer forma de segurança. Por isso que a maioria dos sistemas incluem também algum mecanismo de autenticação extra, além da senha. Assim, mesmo que alguém obtenha esses dados, o acesso não é garantido.
No nível mais básico, existe a verificação de duas etapas. Sempre que alguém tenta acessar um perfil de uma nova máquina, ele deve confirmar o acesso por outro aparelho confiável, geralmente um celular. Também é possível usar verificação por biometria, caso a confirmação de identidade seja ainda mais importante.
Controle de acesso
Outra forma de mitigar os danos que podem ocorrer com o vazamento de senhas é realizar um controle de acesso mais rigoroso. Afinal, nem todos os colaboradores ou parceiros precisam de acesso irrestrito às informações da empresa no dia a dia.
A forma mais simples de fazer isso é ter uma lista de permissões. Assim, apenas alguns perfis podem acessar certos dados. Além disso, mesmo que uma senha seja comprometida, seu acesso não será irrestrito, o que limita o alcance dos criminosos e o número de colaboradores que podem ser alvos desses ataques.
Firewall e antivírus sempre ativos
Todo mundo que tem um entendimento básico sobre segurança digital sabe da importância do firewall e do antivírus. Ambos são vitais para a proteção ampla de sua rede e de todos os dispositivos conectados a ela.
O antivírus é o mais conhecido. Esse é um software que detecta a ação de malwares no sistema para que sejam neutralizados. Uma vez detectado, o programa é isolado e o computador não pode mais executar seu código. Já o firewall é uma forma de controle de acesso. Quando há qualquer troca de dados com um aparelho externo, ele precisa passar primeiro pelo firewall. Caso seja detectada alguma ameaça, o arquivo é “queimado” antes de entrar na rede.
Criptografia
Já mencionamos a criptografia quando falamos sobre Ransomware, mas vale a pena entender um pouco melhor. Trata-se de uma técnica usada para transformar uma mensagem legível em uma ilegível. Por exemplo, trocando cada letra por um conjunto de números, letras e símbolos. Depois de criptografada, a informação fica ilegível até passar pela mesma chave novamente e ser decifrada.
A grande vantagem da criptografia é que, a menos que o criminoso consiga a chave certa junto ao arquivo, ele não terá acesso à informação. É possível decifrar arquivos por força bruta, mas o processo levaria centenas de anos e exigirá um poder de processamento muito elevado. Isso considerando apenas um arquivo.
Capacitação dos colaboradores
Outra constante na segurança digital é o papel dos próprios usuários. Muitos criminosos contam com as ações de indivíduos para conseguir uma porta de entrada em seu sistema, seja abrindo um e-mail ou enviando informações sensíveis para um destinatário suspeito.
Primeiro, você deve editar sua equipe sobre segurança digital e possíveis ameaças que podem encontrar no dia a dia. Segundo, deve criar canais adequados para esses colaboradores buscarem ajuda caso cometam algum erro ou tenham qualquer suspeita. Uma resposta rápida é a melhor forma de evitar danos.
Backups automáticos
Digamos que, apesar de todo o investimento e esforço, um invasor foi bem sucedido e obteve acesso ao seu sistema. Se for deixado lá por tempo suficiente, pode roubar toda a informação que quer e usá-la para cometer fraudes. Nesse caso, a solução de emergência aqui é apagar por completo o sistema, de forma que não haja mais dados para roubar.
Claro, fazer isso também vai comprometer as atividades do seu negócio. Porém, se a empresa realiza backups regulares de seus dados, as perdas tendem a ser bem menores. Mesmo que o sistema atual seja danificado, é possível retorná-lo a um estado anterior e repor o que foi perdido.
Equipe de TI dedicada
Considerando a importância e a complexidade de todas essas ações, também é ideal que ao menos alguns profissionais de TI da empresa sejam dedicados à manutenção da sua segurança digital. Assim, haverá sempre um grupo preparado para lidar com essas ameaças, além de fazer um planejamento de segurança adequado.
Também é indicado buscar consultoria profissional na hora de criar uma infraestrutura de segurança do seu negócio, especialmente nos estágios iniciais. Quanto melhor for a sua base, mais fácil será adicionar novas tecnologias e medidas com o tempo.
Investir em bons processos de segurança digital leva tempo e requer esforço, mas também é algo indispensável para o crescimento de um negócio, evitando diversos tipos de problema que podem afetar clientes, fornecedores etc. Quanto mais dados sua empresa tiver à disposição, maior é a necessidade de investir em proteção.
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