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Refactoring: Qual a Sua Real Importância?

Refactoring: Qual a Sua Real Importância?

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Com o crescimento das metodologias ágeis, equipes cada vez maiores e uma frequência considerável de iterações, diversos projetos têm chegado a uma fase em que o código perde a sua legibilidade e padrão. Nesse sentido, o refactoring é um processo de grande importância para se considerar.

Quando um código se encontra nessas condições, é comum observar erros, problemas e confusões. Além disso, o desenvolvimento de novas funcionalidades acaba ficando mais complexo e há uma exigência maior da equipe envolvida no projeto.

Sendo assim, para evitar esses contratempos e tornar o processo de desenvolvimento mais eficiente e otimizado, é fundamental entender o conceito de refactoring e qual a sua importância.

Interessado em saber mais sobre o assunto? Então acompanhe a leitura a seguir!

O que é refactoring?

O processo de refactoring (conhecido em português como refatoração), consiste em pequenas mudanças que precisam ser feitas em um código. 

No caso, o objetivo dessa ação é manter a estrutura interna do código simples, limpa e organizada, de modo a eliminar excessos que fujam dos padrões e sem alterar o comportamento externo do sistema. Ela foca em mudar o processo e não na saída.

Por meio do refactoring, é possível melhorar o design da aplicação, sem que isso altere as suas funcionalidades. Ademais, ele ainda permite corrigir um problema que pode se tornar recorrente.

Ao final das várias iterações, sejam elas sequenciais, sejam elas periódicas ao longo de semanas, pode acontecer de o código ficar bagunçado e perder qualidade.

Logo, a refatoração funciona para reestruturar o formato de um código da programação já existente, fazendo com que a qualidade do produto seja impactada positivamente.

Cada pequena alteração (refatoração), resulta em poucas implicações. Porém, uma sequência delas produzirá uma reestruturação significativa no código.  

Como funciona o refactoring na prática?

O refactoring é executado seguindo três etapas principais — modificar, testar e “commitar” (isto é, efetivar as alterações). 

Toda vez que há uma iteração, gera-se uma base de código funcional que deve se comportar da mesma maneira que antes. E isso pode ser comprovado por meio de testes. 

Dessa forma, o design do código pode ser aprimorado e se tornar melhor do que antes. E se algum teste quebrar, o desenvolvedor tem a opção de voltar para o último commit e recuperar a sua base de código funcional.

Ademais, vale ressaltar que a refatoração pode ser feita tanto de maneira manual quanto de modo automatizado, por exemplo, com o auxílio de IDEs (Integrated Development Environment), ou Ambientes de Desenvolvimento Integrados.

Alguns IDEs livres, como o NetBeans e o Eclipse, apresentam uma série de comandos que oferecem funcionalidades semelhantes.

Qual a importância do refactoring?

Agora que você já entendeu o conceito e o funcionamento do refactoring, conheça a importância desse processo, analisando algumas situações em que ele pode ser utilizado durante um projeto. Acompanhe!

Privilegia a metodologia ágil

Quando não há o processo de refactoring, com o tempo a estrutura interna do software tende a se degradar. 

Nesse cenário, se houver uma mudança em membros da equipe, por exemplo, os colaboradores que não tiveram acesso ao código e precisarem adicionar uma nova funcionalidade a ele tenderão a não seguir o padrão inicial.

Por outro lado, quando há a aplicação da refatoração, depois da adição desta nova funcionalidade, ocorre uma readequação do código de modo a deixá-lo em conformidade com as demais funcionalidades projetadas desde o início.

Facilita o entendimento do software

É comum que as equipes de desenvolvedores trabalhem com os prazos apertados, o que pode fazer com que eles produzam códigos de maneira corrida, sem se preocupar tanto com a legibilidade e as incorreções que podem causar bugs. 

Dentre esses erros causados pelo desenvolvimento apressado, há, por exemplo:

  • nomeação incorreta de variáveis;
  • falta de comentários;
  • duplicação de código;
  • funções muito longas e pouco reutilizáveis;
  • inserção de métodos em classes inadequadas. 

Portanto, para evitar esses e outros problemas, novamente a refatoração deve ser considerada. Quando ela é empregada, essas inconsistências são removidas do código, permitindo uma maior compreensão de todos, facilitando a manutenção e eventuais edições futuras.

Melhora a produtividade

Quando o processo de refactoring é executado por uma pessoa qualificada, ou seja, que domina a técnica, o resultado é um código muito mais padronizado, inteligível e eficiente. Dessa forma, potencializa-se a produtividade.

Afinal, a partir desse ponto, sempre que um novo desenvolvedor for atualizar o código com uma nova funcionalidade, ele conseguirá compreendê-lo de forma mais rápida e fácil, agilizando o processo de desenvolvimento do sistema.

Quando refatorar?

Conforme você acompanhou até aqui, o refactoring é um processo que proporciona diversos benefícios para um projeto. Mas afinal, quando fazê-lo exatamente?

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Esse processo deve ser realizado quando você notar que o código está desandando. Ou seja, quando você observar que ele está muito complexo e pouco claro e comunicativo. 

Os principais sinais que você deve se atentar, são:

  • classe grande;
  • código duplicado;
  • lista de parâmetros longa;
  • má indentação (ou a falta dela);
  • método longo.

Ademais, vale ressaltar que, além dos pontos acima, é indicado fazer a refatoração quando você:

  • for implantar um produto;
  • estiver executando uma tarefa que já foi feita antes, porém o seu objetivo é de não haver repetições;
  • precisar fazer atualizações no sistema;
  • estiver implementando algo que nunca foi feito antes (novos recursos);
  • tiver que refazer alguma ação ou realizar uma revisão.

Ou ainda, você pode considerar o refactoring como parte da programação diária. Assim, com essa regularidade, você poderá dominar esse processo e tornar as suas aplicações mais limpas, estruturadas e organizadas.

Quais as principais técnicas de refatoração?

Sabendo quando refatorar, vale a pena entender agora quais as principais técnicas para colocar esse processo em prática. São elas:

  • divisão de variável temporária: cria variáveis para atribuir uma única função para cada uma delas;
  • extração de métodos: remove os códigos repetidos e os agrupa em um método;
  • extração de variável: quebra a expressão em trechos de código menores e armazena os resultados em variáveis estratégicas e autoexplicativas;
  • método em linha: simplifica o código, eliminando elementos desnecessários;
  • remoção de atribuições e parâmetros: utiliza uma variável local em vez de um parâmetro para trabalhar de maneira isolada e segura;
  • subir o método: move o método para uma superclasse para eliminar duplicatas (subclasses);
  • subir o atributo: funciona da mesma forma que a técnica anterior, porém em relação aos atributos.

Por último, mas não menos importante, vale ressaltar a adoção do Extreme Programming (XP). Isso porque essa metodologia é baseada em cinco valores fundamentais que contribuem para o desenvolvimento de softwares e para o processo de refatoração. 

São eles:

  1. comunicação;
  2. simplicidade;
  3. feedback;
  4. coragem;
  5. respeito.

Como um gestor pode agir diante dessa necessidade?

Agora que você já conhece os principais pontos relacionados à refatoração, entenda a seguir como gestores podem direcionar as suas equipes para que esse processo seja feito da melhor maneira em suas empresas. Veja!

Exija a documentação do código

Embora a maioria dos desenvolvedores goste de projetos bem documentados, principalmente os open source, boa parte não se preocupa muito com a documentação quando estão desenvolvendo os seus próprios códigos.

Isso porque esse processo pode parecer um pouco entediante. Porém, é extremamente necessário que algum tipo de documentação seja inserida no projeto. 

Essa documentação pode ser feita de diversas maneiras:

  • por meio de assinaturas de tipos;
  • com comentários simples explicando os motivos de alguma escolha ou situação;
  • com comentários estruturados, como Rdoc, JSDoc etc.

O objetivo com essa medida é ganhar produtividade para as equipes, fazendo com que os profissionais utilizem o tempo para criar um código mais acessível para os demais desenvolvedores. 

Além disso, a utilização de comentários estruturados facilita o desenvolvimento na maioria dos IDEs.

Elimine a produção do chamado “código morto”

Quem nunca se deparou com um codebase em que alguma parte do código é comentada ou não utilizada, contendo um “//TODO: Refatorar”? E o que a maioria dos profissionais tende a fazer nesse caso? Substituir a implementação por outra e comentar a antiga, achando que ganhará tempo.

Contudo, esse tempo que o desenvolvedor acha que ganhará apenas servirá para causar dúvidas e incertezas. 

A máquina não se preocupará com esse código morto e se livrará dele rapidamente. Porém, e o outro desenvolvedor que herdará esse problema?

Todo código morto, não utilizado e que fica perdido em meio aos comentários deixa dúvidas como:

  • por que o deixaram aqui comentado?
  • Será que ele será reutilizado?
  • Posso eliminá-lo ou não?

Tais incertezas só tendem a travar todo o projeto e a atrasar as iterações. Por isso, lembre-se sempre da regra básica: não deixe código morto para trás, remova todos. 

Se preferir, você pode utilizar ferramentas de versionamento, como o Git e Hg. Por meio delas, é possível ter acesso às versões anteriores do código sempre que necessário, evitando esse tipo de problema.

Escreva testes

Essa é uma dica fundamental para evitar problemas no deploy, pois sem nenhum tipo de teste, fica muito difícil para um gestor assegurar que o código se manterá funcional após as mudanças estruturais.

Os testes oferecem a segurança necessária para que as mudanças não causem a quebra da aplicação de uma maneira inesperada. 

Portanto, é essencial ter em mente que criar testes não é perda de tempo ou até mesmo uma chateação, mas sim um investimento necessário para o processo de refatoração.

Entendeu o que é refactoring e qual a sua importância? Ao longo deste post, você viu porque esse processo é tão relevante para um projeto. Se você nunca fez esse procedimento e não sabe por onde começar, uma solução é contar com a ajuda de uma empresa especializada. Assim, ela analisará as suas demandas e indicará o melhor caminho a seguir, ajudando a otimizar os seus processos.

Quer saber como implementar o processo de refatoração em seus projetos hoje mesmo? Entre em contato conosco!

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