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Guia completo da segurança da informação

Guia completo da segurança da informação

Saber como realizar uma política de segurança da informação é fundamental para garantir a integridade dos dados da sua empresa. Saiba mais neste artigo

A segurança da informação compreende um conjunto de estratégias e abordagens que visam proteger as empresas de ataques e crimes virtuais. O foco é garantir que tudo permaneça consistente e em boa qualidade.

À medida que os computadores e outros dispositivos digitais passaram a ser essenciais para as operações comerciais, também se tornaram cada vez mais alvos de ataques cibernéticos. Dessa forma, para que a empresa use um dispositivo, ela deve ter certeza de que o equipamento está seguro para a comunicação online. Isso faz da segurança da informação uma estratégia primordial para as companhias modernas.

Por esse motivo, separamos os princípios básicos da proteção nas organizações e as práticas recomendadas que os profissionais de TI podem aplicar para manter seus dados e sistemas sempre seguros. Acompanhe!

O que é segurança da informação?

Segurança da informação é um conjunto de métodos adotados estrategicamente para gerenciar e prevenir os riscos de roubo, perdas e danos dos dados, sistemas, redes, servidores e dispositivos. O objetivo é detectar, documentar e, principalmente, combater as ameaças digitais e não-digitais.

As ações de segurança da informação incluem o estabelecimento de um conjunto de procedimentos executados de forma sincronizada para proteger os ativos físicos e digitais ligados à informação, independentemente de como elas são formatadas, transmitidas (enviadas e recebidas), processadas ou armazenadas.

A segurança de TI é um trabalho desafiador e que exige atenção aos detalhes, ao mesmo tempo em que demanda uma conscientização de nível superior. No entanto, como muitas tarefas que parecem complexas à primeira vista, o conceito é dividido por etapas, simplificando o processo.

Esse feito só é amplamente alcançado por meio de um processo de gerenciamento de riscos nessas várias etapas, o que identifica ativos, fontes de ameaças, vulnerabilidades, possíveis impactos e formas de controles.

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Quais são os princípios da segurança da informação?

Segundo a segurança da informação, os programas são constituídos em torno de alguns objetivos centrais. Também conhecidos como os pilares da segurança de TI, esses conceitos ajudam na hora de planejar e implementar uma estratégia de proteção eficiente. Conheça agora um pouco mais sobre cada um deles.

Confidencialidade

A confidencialidade garante que dados sigilosos sejam acessíveis somente por pessoal devidamente autorizado. Isso significa que as informações só poderão ser visualizadas e utilizadas com a permissão dos responsáveis. Por meio de IDs de usuário, senhas, controle de hierarquia e outros meios, o acesso exclusivo deve ser garantido.

Além de proteger as informações, restringindo o acesso somente ao pessoal autorizado, os dados que forem liberados devem ser monitorados e terem todas as ações executadas e documentadas para análises posteriores, se for necessário.

Como exemplo, podemos citar os bancos e outras instituições financeiras que, por lei, são obrigadas a proteger informações pessoais dos clientes. Se houver algum tipo de vazamento, são responsabilizados pelos danos causados.

Integridade

A integridade impede o comprometimento da inteligibilidade das informações. Ela evita a modificação não autorizada dos dados. Isso significa que quaisquer alterações realizadas nas informações, independentemente do nível de permissão que o usuário tiver, são rigorosamente rastreadas, monitoradas e documentadas.

Assim, esse pilar aumenta o nível de confiabilidade do banco de dados e informações da empresa, pois assegura que elas estejam sempre em uma boa qualidade e em bom estado de clareza, prontas para o uso determinado. Sistemas de criptografia são amplamente adotados a fim de garantir o cuidado com esse pilar.

Assim como uma pessoa com integridade significa que o que ela diz pode ser confiável para representar a verdade, a integridade da informação denota que ela realmente representa o significado demonstrado.

Disponibilidade

A disponibilidade compreende que as informações devem ser acessadas e modificadas por qualquer pessoa em qualquer momento. Ou seja, elas devem estar claras e acessíveis para serem usadas. Esse conceito trabalha lado a lado com a ideia de integridade. O prazo definido para resgaste dos dados varia, no entanto.

Por exemplo, um negociador de ações da bolsa de valores precisa de acesso instantâneo às informações para analisar e tomar decisões de compra, retenção ou venda de ativos financeiros. Já um profissional de vendas pode se contentar em esperar por um relatório de desempenho na manhã do dia seguinte.

Empresas como a Amazon dependem que seus servidores estejam no ar 24 horas por dia, 7 dias por semana e nos 365 dias do ano, pois o negócio funciona inteiramente na web.

Uma falha que os deixa fora do ar por algumas horas pode representar grandes prejuízos financeiros. Outras companhias, que não dependem tanto de infraestruturas de TI na nuvem, podem não sofrer danos se seus dados e sistemas ficarem inacessíveis por alguns minutos de vez em quando.

De modo geral, a disponibilidade significa ter acesso aos sistemas sempre que precisar ou desejar e somente a manutenção e atualização de hardwares (servidores e redes) garantirão isso. Migrar Data Center para a nuvem pode ser uma solução para a boa disponibilidade.

Autenticidade

Na autenticidade, o objetivo é descobrir se a pessoa que está solicitando permissão de acesso é realmente quem ela diz ser.

Nesse caso, ferramentas para autenticação são usadas a fim de garantir que a pessoa que acessa as informações seja alguém confiável. Por exemplo: o token (rodízio de senhas) é utilizado para enviar uma senha diferente para o celular da pessoa toda vez que ela solicitar permissão de acesso.

Além disso, é feito um registro sobre o que o usuário está enviando ou modificando. Dessa forma, a autenticidade atua gerando uma documentação sobre qualquer manipulação de dados no sistema.

Conformidade

O uso de dispositivos, tecnologias, metodologias e certos dados são regidos pela legislação brasileira. Isso torna essencial uma política mais rígida no negócio para evitar investigações, auditorias e até possíveis impedimentos operacionais.

A segurança da informação lida com o gerenciamento de riscos e qualquer coisa externa ou interna pode representar uma ameaça às informações. Por essa razão, para não ter problemas com a justiça, os dados mais sensíveis devem ser armazenados em local livre de alterações ou transferências sem permissão, principalmente quando envolvem informações sobre pessoas físicas e outras empresas.

Por exemplo, uma mensagem é passível de modificação durante a transmissão por alguém que a intercepte antes de chegar ao destinatário, mas uma boa ferramenta de criptografia ajuda a neutralizar esse tipo de ameaça.

As assinaturas digitais também são úteis para contribuir com a segurança das informações, aprimorando os processos de autenticidade e induzindo os indivíduos a provar sua identidade antes que possam obter acesso aos dados arquivados.

Então, armados com esses princípios de alto nível, os especialistas em proteção de TI criaram as melhores práticas a fim de ajudar as organizações a garantirem que suas informações permaneçam seguras.

Por que é importante adotar a segurança da informação nas empresas?

Os programas para segurança da informação podem trazer uma série de benefícios para as corporações. Veja os principais a seguir.

Fornece uma visão holística dos ativos de TI, riscos e ameaças

Não importa o quão grande ou pequena seja a infraestrutura de TI da sua empresa, você precisa ter um plano para garantir a proteção de seus ativos. Esse plano é chamado de programa de segurança e é estruturado por profissionais especializados nessa função

Os processos de planejamento, teste e implementação farão com que os gestores tenham uma visão 360° sobre os ativos, riscos, falhas e oportunidades de melhoria.

Essa visão ampliada, consequentemente, permitirá a criação de uma estrutura com nível de proteção mais elevado, com projeção e simulação de situações antes que elas ocorram realmente. Além disso, deixará a empresa à frente do mercado, ficando por dentro de tudo o que for novidade em relação às ferramentas e procedimentos inovadores de defesa.

Garante a proteção dos ativos mais valiosos da empresa

Se a sua organização tem um sistema legado ou um banco de dados bem estruturado e altamente utilizável, deve saber que eles encabeçam a lista de ativos mais valiosos do negócio. Afinal, sem eles a companhia praticamente ficaria impossibilitada de operar. Já imaginou o quanto seria desastroso?

Com uma boa política de segurança da informação nas empresas, isso é evitado, por conta da visão completa e transparência.

Identifica e corrige falhas e vulnerabilidades

Se a sua corporação trabalha com desenvolvimento de softwares para uso próprio ou para fornecimento, a identificação de falhas e vulnerabilidades, bem como suas correções, são primordiais para gerar confiabilidade aos clientes e colaboradores.

Com uma política de segurança da informação bem estruturada, ações de rastreamento e correções de bugs podem ser executadas de forma automática e periódica, aplicando varreduras por meio de aplicações apropriadas.

Gera credibilidade e melhora a imagem do negócio

Empresas que levam essa área a sério passam mais confiança aos clientes, colaboradores, fornecedores e sócios, construindo uma imagem de alta credibilidade. Acredite, isso vai ser muito bom para os negócios, pois muitos consideram essa preocupação um requisito importante para a escolha de negociação.

Eleva o valor de mercado da empresa

Com a imagem de uma companhia segura, a credibilidade que o negócio constrói também influencia no valor que ela tem no mercado. Seja o valor percebido, seja o valor real de compra e venda, ambos sobem, o que atrai novos investidores e aumenta o grau de satisfação dos atuais.

Implica redução de custos

Outra vantagem é a redução nos custos gerais da empresa. Com a implementação de medidas robustas de proteção, menos transtornos acontecem e a companhia, então, se envolve menos em descontrole financeiro. Afinal, é possível gerenciar riscos de maneira proativa e se preparar para eles, com a capacidade de direcionar melhor os investimentos.

Ou seja, a organização não somente economiza por evitar problemas de segurança, já que mantém tudo em ordem, como também se controla melhor caso algum incidente venha a ocorrer.

Gera agilidade nos processos

Se preocupar com a proteção também implica maior agilidade nos processos. A maior organização ajuda a ajustar o fluxo operacional e gerar mais visibilidade sobre as atividades diárias. Assim, é possível eliminar gargalos e impulsionar a produtividade. Essa velocidade é fruto de um trabalho mais contínuo e com menos interrupções por problemas técnicos.

Traz retorno sobre o investimento

No geral, dá para obter maior retorno sobre os investimentos também. Uma vez que o cuidado com a segurança gera benefícios globais para a companhia, ela consegue recuperar o que investiu em forma de lucro e de menos gastos.

Otimiza a experiência

Reforçar a confiabilidade é a chave para otimizar a experiência dos usuários. Esse termo está cada vez mais relevante e define um foco maior no cliente e em suas sensações. Para adquirir a confiança das pessoas, é preciso investir em estratégias de proteção e transmitir tranquilidade. Assim, os clientes ficarão mais satisfeitos e voltarão a se relacionar com a organização sempre.

Gera continuidade do negócio

Uma das principais razões para empresas fecharem são justamente as brechas e os ataques virtuais. O foco em proteção, contudo, gera a base para que o negócio permaneça saudável e consistente. Quando concentra seus esforços nisso, a gestão é capaz de assegurar a continuidade da companhia, com credibilidade e boa reputação no mercado.

Qual a relação com a Lei Geral de Proteção de Dados?

Quando falamos em segurança, temos que falar também sobre privacidade. Os dois conceitos estão intimamente relacionados e devem ser integrados como uma única preocupação por parte das corporações. Afinal, um problema nessa área implica em transtornos que ferem a privacidade dos clientes, dos funcionários e até mesmo dos parceiros.

Esse conceito está sendo amplamente discutido atualmente, em vista de recentes casos de atentados contra os direitos particulares das pessoas com relação aos seus dados pessoais. Algumas companhias coletam e armazenam uma quantidade imensa de informações privadas, por isso, precisam redobrar a atenção sobre o assunto e mapear seus processos, em busca de um cuidado maior.

A definição das leis

Nesse contexto, temos a GDPR (General Data Protection Regulation), lei sobre privacidade aprovada na Europa, e a LGPD (Lei Geral De Proteção de Dados), a versão brasileira dessa norma que foi sancionada em 2018 e entra em vigor em 2020.

Ambas buscam regular as relações comerciais que envolvem dados pessoais, focando maior autonomia para os titulares. Elas já estão mudando o cenário e concedendo voz para as principais vítimas de incidentes da área.

Segundo as leis, os donos das informações têm o direito de solicitar exclusão ou alteração delas a qualquer momento e devem ser consultados pelas empresas antes da coleta. Cada organização deve apresentar uma finalidade clara e utilizar os dados apenas para essa necessidade. O objetivo é estabelecer total transparência entre as pessoas e as companhias.

Impacto

Caso não haja conformidade, as multas podem acumular até 50 milhões de reais. Por essa razão, vale a pena colocar em prática as medidas que discutiremos no próximo tópico e reforçar a segurança, focando no gerenciamento inteligente dos dados e no controle sobre a disponibilidade, integridade e confidencialidade.

Para gerar visibilidade aos clientes, a organização precisa conhecer e administrar muito bem as informações. A cultura da companhia deve ser reajustada também, para abranger um foco maior no que foi prescrito pela lei. É preciso conscientizar os colaboradores e garantir que todos estejam alinhados.

8 passos devops

Quais são os métodos de implantação dessa estratégia?

Existem muitas práticas recomendadas para a segurança da informação nas empresas e vamos apresentar as principais para você a partir de agora.

Nomeie os profissionais responsáveis

O ponto de partida é escolher profissionais capacitados e com experiência no assunto para assumirem o posto de planejadores e coordenadores do projeto. São eles que vão estruturar o programa, bem como testar, implementar e monitorar o funcionamento dele.

Normalmente, esses profissionais são liderados por um diretor especialista na área. Ele organizará os profissionais em grupos por tarefas distintas, conduzindo-os a um objetivo principal: o de proteger os ativos físicos e virtuais de TI.

Estabeleça uma política de segurança

Os procedimentos para a proteção das informações geralmente envolvem medidas de segurança física e digital para impedir que os dados e sistemas sejam acessados, utilizados, replicados ou destruídos sem autorização.

Essas abordagens devem incluir o gerenciamento de chaves de criptografia, sistemas de detecção para as invasões de rede e dispositivos, logins com senhas e conformidades regulatórias.

Ademais, uma auditoria de segurança pode ser conduzida internamente para avaliar a capacidade que a organização tem de manter sistemas e dados seguros contra um conjunto de critérios estabelecidos.

A política também deve incluir papéis para os colaboradores e estratégias de recuperação de desastres. Assim, caso algum incidente ocorra, os membros estarão alinhados para recuperar a produção imediatamente.

Use mecanismos de autenticação

A maneira mais comum de identificar alguém é mediante sua aparência física, mas como identificamos um usuário virtual? A autenticação ajuda a realizar a identificação de alguém por meio de alguns fatores, tais como: algo que sabe, algo que tem ou algo que é. Entenda como isso funciona!

Algo que só o usuário sabe

A maneira mais comum de autenticação hoje é o ID do usuário e a senha. Nesse caso, a autenticação é feita confirmando algo que só o usuário conhece, como seu ID (login) e senha. Contudo, essa forma de autenticação pode ser fácil de ser corrompida e, às vezes, são necessários métodos complementares.

Algo que só o usuário tem

Identificar alguém apenas por algo que ele tem, como uma chave ou um cartão de acesso (objetos físicos), também vem a ser um problema, pois, quando perdido ou roubado, a identidade do usuário é facilmente revelada e utilizada por criminosos.

Algo que só o usuário pode ser

Por fim, identificar um usuário pelo que ele é pode se tornar muito mais difícil e caro, pois envolve a identificação por intermédio de recursos altamente tecnológicos. Aqui, o usuário é identificado de forma automática por meio da avaliação de suas características físicas, como impressões digitais e globo ocular.

A melhor solução é encontrar uma maneira de fazer a autenticação multifator, combinando dois ou mais dos fatores listados acima, tornando muito mais difícil a ação de alguém que se passe falsamente por outra pessoa.

Voltamos, então, para o uso do token. Ele gerará um novo código a cada tentativa de acesso. Dessa forma, para efetuar o login em um recurso de informações usando o dispositivo, você combina algo que sabe (um PIN de quatro dígitos), com o código (token) criado e enviado para o seu aparelho.

Estabeleça níveis de acessos aos dados e sistemas

Depois de adotar meios para a autenticação dos usuários, a próxima etapa é garantir que eles tenham acesso somente aos dados e ferramentas que precisam, de acordo com o cargo e funções que exercem. Essa é uma forma de assegurar confidencialidade, principalmente.

Isso pode ser feito com limitações para cada login e senha especificamente. Esse controle de acessos determina quais usuários estão autorizados a visualizar, modificar, adicionar e remover informações do banco de dados.

Use ferramentas de criptografia de dados e senhas

Muitas vezes, uma organização precisa transmitir informações pela Internet ou transportá-las por meios externos (offline) usando dispositivos, como um CD ou um HD removível. Nesses casos, mesmo com uma política de autenticação e controle de acessos eficientes, é possível que uma pessoa não autorizada consiga modificar os dados.

A criptografia é um processo de codificação que atua permitindo o acesso somente aos indivíduos devidamente autorizados. Esse processo é realizado por um programa que converte conteúdos (textos, imagens e vídeos) em uma linguagem de caracteres variados e ilegíveis, mascarando o conteúdo original. Somente quem tem a senha consegue decodificá-lo (descriptografia).

Quando a empresa usa infraestrutura de nuvem, esse recurso é disponibilizado pelo provedor de cloud. Nesse caso, o acesso legítimo e a decodificação dos dados só acontecem após a confirmação do login e senha correta na plataforma de serviços.

Automatize a realização de backups

Outro método essencial para a segurança da informação nas organizações é a execução de um plano de backups abrangente. Não apenas os dados dos servidores corporativos devem ser copiados, mas também os códigos-fonte dos sistemas, configurações de rede e qualquer outro dado usado como estratégia de negócio. Um bom plano de backup deve seguir alguns passos. Veja-os a seguir!

Compreensão ampla

Os responsáveis devem ter uma compreensão ampla dos ativos de TI: quais informações a organização realmente tem? Onde são armazenadas? Alguns dados podem ser armazenados nos servidores da empresa, outros nos discos rígidos dos usuários e outros na nuvem.

Por isso, é preciso fazer um inventário completo dos ativos e determinar quais precisam de backup, bem como a melhor maneira de realizá-los.

Regularidade dos backups

A frequência dos backups deve se basear na importância dos dados, combinada com a capacidade que a empresa tem de recuperá-los em casos de perda. Informações mais críticas devem ser copiadas a cada hora, enquanto as menos críticas, uma vez por dia.

Armazenamento

O armazenamento dos backups deve ser feito em locais diferentes: se os backups forem armazenados no mesmo local que as cópias originais, um único evento, como inundação ou incêndio, poderá destruir qualquer possibilidade de recuperação. Por isso, é essencial que parte do plano de backup seja armazenar os dados em locais diferentes externamente.

Testes

A recuperação deve ser testada: em uma base regular, as ações de restauração de dados e sistemas devem ser testadas para garantir que tudo funcione como o previsto.

Executar um programa de backups por conta própria pode ser difícil e sujeito a falhas se não houver conhecimento e experiência. Nesse caso, a melhor solução é contar com um serviço de cloud para empresa. Um provedor de nuvem consegue entregar soluções automatizadas de backup, o que permite agilizar o processo e torná-lo mais seguro.

Configure firewalls

O firewall é outro método que as organizações usam para aumentar a segurança da rede, a fim de proteger os dados e sistemas. Geralmente, ele é fornecido com o sistema operacional, mas pode ser implementado como hardware ou software separadamente. O segredo é a forma como é configurado.

Se você fizer do jeito certo, o firewall protegerá todos os servidores e computadores da empresa, impedindo que todos os arquivos e pacotes de atualização suspeitos penetrem na rede. Ou seja, se os arquivos não atenderem a um conjunto estrito de critérios escolhidos por você, o firewall restringirá o fluxo do que entra e sai da organização.

Controle o acesso móvel

À medida que o uso de dispositivos móveis, como smartphones e tablets, aumenta nas corporações, elas precisam se preparar para lidar com os riscos envolvidos. Uma das primeiras perguntas que os diretores devem fazer é se permitirão dispositivos móveis no local de trabalho.

Muitos colaboradores já usam seus próprios dispositivos para trabalhar. Então, a questão é: você deve permitir que eles continuem usando ou pode fornecer os dispositivos necessários para ter maior controle? Se preferir a primeira opção, consegue economizar muito com o investimento em equipamentos próprios e elevar a motivação dos profissionais. Nesse caso, terá que adotar uma política de BYOD (Bring Your Own Device).

Essa estratégia permite que somente os dispositivos cadastrados sejam autorizados a acessarem a rede e usarem os dados e sistemas da empresa. Na maioria dos casos, é praticamente impossível impedir que as pessoas usem seus próprios aparelhos no local de trabalho, tornando o BYOD uma escolha mais inteligente.

Então, o que pode ser feito para impedir que esses dispositivos móveis atuem como porta de entrada para hackers, vírus e malwares? A política de BYOD compreende as seguintes práticas:

  • implementar um software de geolocalização para ajudar a encontrar um dispositivo perdido ou roubado;
  • utilizar um software de remoção completa dos dados e senhas em casos de perdas e roubos;
  • adotar um sistema de envio de alertas para os casos de perda ou roubo dos dispositivos;
  • configurar parâmetros de conexão automática com o Wi-Fi da empresa;
  • bloquear a instalação de aplicativos não autorizados;
  • usar técnicas de VPN (Virtual Private Network);
  • configurar os acessos por meio de Bluetooth;
  • usar ferramentas de criptografia;
  • restringir o uso de câmeras;
  • barrar a gravação de áudio;
  • criar logins e senhas fortes.

Conte com o apoio de um profissional especializado

Deixamos o mais importante para o final. Mesmo que você tenha uma infraestrutura e equipe de TI próprias, pode não ter todos os recursos e especializações necessárias para implementar uma segurança da informação realmente eficiente. Por isso, recomendamos a contratação de um provedor de cloud broker.

Você terá profissionais sempre atualizados e preparados para ajudar a realizar a correta integração de sistemas, agregando um funcionamento harmonioso e mais fácil de ser monitorado. Afinal, uma política de proteção que use a metodologia lean no processo torna as ações de detecção de falhas e ameaças mais rápidas e, muitas vezes, antecipadas. Isso só uma equipe altamente especializada é capaz de fazer.

Como divulgar o documento de política de segurança da informação?

Em primeiro lugar, é fundamental ressaltar a importância de elaborar um documento no qual estejam presentes as principais diretrizes a serem seguidas por todos os colaboradores para que se implemente uma segurança da informação totalmente eficiente — é uma espécie de política interna, com diretrizes bem estabelecidas sobre o que pode e, principalmente, o que não pode ser feito, visando manter condutas que não coloquem em xeque sua organização.

Todos devem estar cientes do que está presente no documento, para que possam agir de acordo com o estabelecido. Para isso, é fundamental que sua empresa saiba trabalhar a divulgação do documento internamente.

Para isso, daremos algumas dicas sobre como realizar isso, tornando o processo mais eficiente.

Faça uma reunião com todos os colaboradores

Divulgue a política de segurança da informação em uma reunião formal, com os colaboradores. Lembre-se de que o ato deve ser feito com todos os seus funcionários, mesmo que seja necessário realizar mais de uma reunião.

Traga seus especialistas na área e peça para que eles apresentem os principais pontos. É a oportunidade para que possam conversar sobre segurança, a importância da privacidade de dados e tirar possíveis dúvidas sobre temas que podem surgir.

Lembre-se de solicitar para que seus colaboradores assinem um termo de comparecimento, provando que estiveram presentes e estão cientes dos termos presentes no documento.

Prepare um treinamento com todos os funcionários

O ato da reunião pode culminar com um treinamento com todos os funcionários sobre melhores condutas para proteger a integridade dos dados da organização, mostrando na prática como algumas situações devem ocorrer.

Por exemplo, os especialistas podem apontar como ocorre uma invasão por ransomware e de que forma os demais devem proceder caso encontrem essa situação em suas atividades.

Encaminhe o conteúdo por e-mail

O documento precisa estar na posse de seus colaboradores, bem como acessível por eles. Para isso, encaminhe para a lista dos presentes, a fim de que possam estudar as diretrizes traçadas, tirar suas dúvidas quando necessário e resolver questões com maior autonomia, caso seja necessário.

Peça confirmação de recebimento, caso seu sistema não permita conferir a abertura do e-mail, para certificar-se de que todos estão de posse das políticas de segurança da informação.

Disponibilize o documento em nuvem

Para garantir fácil acesso ao documento, principalmente para aqueles que, por ventura, possam perder o acesso ao e-mail, é importante, também, deixá-lo disponível na nuvem. Caso a sua empresa tenha um diretório com os principais guidelines do negócio, pode ser uma opção hospedá-lo na mesma pasta.

Dessa forma, torna-se possível que todos tenham acesso prático e rápido em caso de dúvidas e consigam resolver questões que possam vir a surgir no dia a dia.

Disponibilize dicas em outros formatos

Uma forma de tornar o conteúdo do documento mais acessível para seus colaboradores é produzir conteúdos diversos, tirando as principais dúvidas deles sobre o tema. Curtas apresentações, animações, vídeos explicativos, e-books, entre outros, podem trazer conteúdos mais específicos para seus funcionários.

Como as tecnologias de computação e rede se tornaram recursos importantes nos processos de negócios, passaram a sofrer ataques constantes dos cibercriminosos.

Isso não deve impedir a utilização das tecnologias, mas exige que as organizações fiquem mais atentas quanto ao uso e proteção dos ativos de TI. Se você ainda não tem um programa de defesa na empresa, é ideal começar um imediatamente. Uma ideia é seguir as dicas que mencionamos.

Gostou do nosso guia sobre segurança da informação? Ficou com alguma dúvida sobre o tema? Então deixe suas perguntas, sugestões e experiências aqui embaixo, na caixa de comentários.


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