fbpx
Futuro do TI, o guia completo!

Futuro do TI, o guia completo!

Com a transformação digital e o aumento exponencial dos ativos tecnológicos nas empresas, o setor de TI vem ganhando um novo papel nos negócios, muito mais estratégico e ligado aos resultados da empresa. Com o aumento do número de dados produzidos, o TI passou a ser um estruturador das tomadas de decisão, com a viabilização de profissionais e ferramentas analíticas cada vez mais poderosas.

Olhando esse cenário, o que podemos vislumbrar é que o futuro do TI, com a velocidade crescente com que se renova e inova, tende a ampliar a capacidade de produção e gestão corporativa, aumentando cada vez mais a demanda por profissionais capacitados e tecnologias de ponta.

Neste post, trazemos um panorama sobre o futuro do TI, analisando as tecnologias mais promissoras e o perfil do profissional do futuro. Confira!

Quais são as tecnologias mais promissoras para o futuro do TI?

Para que nós chegássemos no estágio de transformação digital em que estamos, passamos por algumas transições tecnológicas, que foram avançando conforme os meios e as tecnologias evoluíram e se baratearam. A evolução da internet e a sua disseminação, por exemplo, permitiu um avanço gigantesco em uma década. Vamos entender nos tópicos abaixo o que nos aguarda em um futuro próximo.

Evolução da Inteligência Artificial

O termo Inteligência Artificial (IA) não é tão novo no mundo da tecnologia da informação, mas é inegável que o seu impacto para a transformação digital é cada vez maior. De maneira geral, quando falamos de IA estamos nos referindo ao uso de algoritmos para resolver tarefas específicas, seja pela análise de grandes volumes de dados e/ou com o uso de estimativas estatísticas.

Esses algoritmos permitem que um computador se comporte simulando o funcionamento do cérebro humano. É por meio dessa tecnologia que uma série de inovações tecnológicas — como processamento de dados e reconhecimento facial e de fala — tornaram-se possíveis.

A inteligência artificial serve de base para uma série de tecnologias, como os chatbots, o machine learning, deep learning e business intelligence. Os chatbots, por exemplo, estão ganhando cada vez mais impulso, crescendo em áreas como varejo online, saúde, telecomunicações, bancos, consultoria financeira, seguros, concessionárias e órgãos de governo.

Dentro da tendência de IA podemos mapear o surgimento de subtendências, como IA incorporada e aprendizado de máquina como serviço (AIaaS e MLaaS). Aqui podemos incluir os assistentes digitais, APIs de computação cognitiva, estruturas de aprendizado de máquina e serviços de aprendizado de máquina totalmente gerenciados.

Essas plataformas como serviço serão utilizadas para a criação de aplicativos de IA com um custo reduzido. Isso porque, com estrutura própria, a empresa necessitaria de um supercomputador para criar essas aplicações.

A inteligência artificial como serviço permitirá que as empresas paguem pelos algoritmos ou recursos de computação que utilizarem. Entre os AIaaS mais conhecidos estão Amazon Web Services (AWS), Microsoft Azure, Google Cloud e IBM Cloud.

No que se refere ao nível operacional, a IA pode ser incluída entre tendências duradouras devido à sua eficiência, velocidade e precisão, e por não ser afetada por fatores humanos, como fadiga ou problemas de ordem psicológica — situações que podem ser críticas na execução de tarefas que demandam concentração e alta segurança. Além disso, tem a capacidade de trabalhar 24 horas, 7 dias por semana, em situações perigosas e de mitigação de riscos.

Avanço da Internet das Coisas

Essa é outra tendência tecnológica bastante conhecida por quem atua no mundo do TI. Ela é uma das mais promissoras para o futuro do setor, pois abre margem para um leque de possibilidades.

A Internet das Coisas surgiu com a necessidade de conectar objetos que tradicionalmente não estariam conectados à web. Isso abriu um “guarda-chuvas” de enormes possibilidades. No contexto das empresas, por exemplo, a internet das coisas viabiliza a coleta de dados vinda de maquinários utilizados na produção e monitoramento, como sensores, câmeras, robôs e o que mais for necessário.

O foco é na conexão dos objetos — entre eles e com a web — para centralizar a captação de dados e para que eles coordenem as suas atividades de forma autônoma, por meio de troca de dados.

IoT e um novo conceito de loja

No varejo temos um exemplo que já está fazendo um grande sucesso: a loja da Amazon Go. Nessa loja, o cliente entra, pega o que quer e vai embora, sem precisar passar no caixa ou mostrar o que está levando para algum funcionário.

Toda essa movimentação do cliente dentro da loja é monitorada por sensores, que sabem exatamente o que um cliente pegou na prateleira, o que ele devolveu e o que levou para casa. Assim que o cliente pisa fora da loja o valor das mercadorias é debitado em seu cartão de crédito, de forma automática.

Impactos do IoT na saúde

A evolução do IoT nos permitirá prever e tratar problemas de saúde, antes mesmo do aparecimento de qualquer sintoma. Além disso, surgirão abordagens muito mais personalizadas em relação à prescrição de medicamentos e à aplicação de tratamentos (também chamadas de medicina de precisão).

Realidade estendida

As tecnologias de realidade estendida já estão sendo experimentadas em aplicações voltadas para o entretenimento, com o intuito de criar experiências mais imersivas — filtros do Instagram, do Google, jogos como Pokemon Go, etc. As experiências de realidade estendida geralmente incluem a utilização de realidade virtual, aumentada ou mista.

Realidade virtual

A realidade virtual é outra das tecnologias que estão sendo estudadas e desenvolvidas há algumas décadas, com foco principal em entretenimento. Também chamada de VR — Virtual Reality — essa tecnologia utiliza um sistema para criar um ambiente simulado imersivo, com o uso de óculos e fones de ouvido especiais.

Realidade aumentada

Ao contrário do VR, a realidade aumentada (AR) sobrepõe objetos digitais no mundo real, ou seja, não cria ambientes artificiais completos para substituir o real pelo virtual. A realidade mista (MR) é uma extensão do AR, o que significa que os usuários podem interagir com objetos digitais colocados no mundo real (pense em tocar um piano holográfico que você colocou em sua sala por meio de um fone de ouvido AR).

A influência da realidade virtual e aumentada crescerá em treinamentos e simulações, além de oferecer novas formas de interagir com os clientes, proporcionando uma nova experiência de compra.

Rede 5G

Envolto em uma série de polêmicas e teorias da conspiração, a tecnologia 5G já é reconhecidamente encarada como o futuro da comunicação. De acordo com a Huawei, a implementação dessa tecnologia será consolidada entre os anos de 2020 e 2030, oferecendo uma nova realidade em conectividade móvel.

Esse tipo de conectividade nos oferecerá velocidades de download e uploads ultrarrápidas, quase cinco vezes maior do que a tecnologia de conexão móvel atual, o 4G. Assim como a maioria das inovações tecnológicas, a tecnologia 5G nasceu com um preço alto e com limitações de atuação.

Mas a tendência é que, quando começar a sua implementação massiva, a tecnologia passe a contar com planos de dados mais acessíveis e com uma cobertura ampla. A expectativa é que o 5G passe a competir com as redes com fio, que hoje reinam sozinhas quando o assunto é internet de alto desempenho.

Esse aumento exponencial da largura de banda viabiliza a evolução de tecnologias como a Internet das Coisas e o avanço do machine learning, permitindo a coleta de grandes volumes de dados em tempo reduzido.

O que esperar do profissional de TI do futuro?

Com a rápida evolução das tecnologias, o profissional de TI do futuro próximo deverá aprimorar algumas competências para se manter atualizado e competitivo em seu mercado de atuação. Veja abaixo algumas das habilidades que ele deverá dominar.

Know-how técnico

Com o surgimento constante de novas tecnologias no mercado, não basta o profissional se tornar especialista apenas em sua área de atuação ou focar somente no que envolve a operação em TI. Ele terá que ter conhecimento sobre as demais áreas de TI, especialmente para entender como elas podem se integrar. Portanto, o profissional deverá:

  • ter um bom conhecimento sobre a arquitetura da empresa, o gerenciamento de sistemas operacionais, virtualização e nuvem;
  • compreender projeção e avaliação de arquiteturas de redes e sistemas;
  • ter bons conhecimentos em scripts e das linguagens de programação utilizadas nos sistemas da corporação;
  • entender como funcionam os diferentes componentes da empresa, como switches, firewall, roteadores, etc.

Mesmo que não se torne especialista em todas as áreas, é importante que o profissional de TI do futuro seja capaz de se comunicar e trocar informações estratégicas com os seus colegas de setor sobre os detalhes que fazem parte da infraestrutura de TI da organização.

Facilidade para diagnosticar problemas

Apesar de ser totalmente contraindicado em tempos de transformação digital, em algumas empresas, o setor de TI ainda trabalha de forma reativa. O TI reativo consiste na ação após o acontecimento de um problema, ou seja, é um setor que está constantemente “apagando incêndios”.

Pensando no TI como parte das estratégias de negócios de uma empresa, ficar sempre esperando acontecer algo para agir é prejudicar completamente a produtividade da corporação e os negócios como um todo.

O profissional de TI aliado da transformação digital deve ser proativo e capaz de diagnosticar problemas com rapidez, antes que eles se tornem uma bola de neve. Para isso, ele deverá dominar as ferramentas de análise de dados e de monitoramento.

Flexibilidade cognitiva

Outra habilidade que é buscada com cada vez mais frequência nos profissionais de TI é a flexibilidade cognitiva, que consiste na capacidade que o profissional tem para avaliar e buscar novas interpretações para uma situação habitual. Com a evolução das tecnologias que permitem o diagnóstico rápido de problemas rotineiros, esse profissional hábil deverá ser capaz de resolvê-los com mais agilidade.

Quais são as carreiras mais promissoras para o futuro do TI?

Agora que já conhecemos as habilidades que serão desejadas nos profissionais de TI do futuro, vamos conhecer algumas das carreiras mais promissoras para os próximos anos. Confira!

Treinadores de máquinas

Sim, os treinadores de máquinas já existem e a tendência é que o mercado se torne ainda mais fértil para eles. Isso porque para que um software dotado de inteligência artificial se torne inteligente é necessário todo um trabalho nos bastidores. Sistemas que trabalham com temas específicos precisarão de especialistas no assunto para que aprendam os detalhes.

Os treinadores de máquinas aceleram o processo de aprendizado de IA, dando um direcionamento mais específico para a máquina, que pode ser utilizada em situações especiais e direcionadas, com mais velocidade.

Um bom exemplo aconteceu na Pinacoteca de São Paulo, onde a IBM criou um projeto chamado “A voz da Arte”. A inteligência artificial foi utilizada para que o passeio se tornasse mais interativo e personalizado. Tudo isso foi viabilizado porque o sistema foi treinado por especialistas em arte.

Engenheiro de IA

Os engenheiros de IA já estão sendo bastante requisitados e no Brasil há uma grande defasagem desse tipo de profissional. Acredita-se que no futuro, com o aumento da oferta de especializações e com a inclinação do mercado para a tecnologia, além do aumento de vagas, possa haver uma maior oferta desses profissionais. Do engenheiro de IA espera-se as seguintes habilidades:

  • um bom domínio de matemática e ciência da computação;
  • conhecimento de linguagens de programação como o Java, Python e Scala;
  • deverá ter um bom domínio sobre pré-processamento de base de dados;
  • ter uma boa habilidade de comunicação e análise de dados.

Cientista de dados

A ciência de dados é baseada na interação multidisciplinar com uma visão holística e estratégica, que visa suprir a demanda das empresas por meio de análises refinadas de banco de dados. Dessa maneira, é possível aplicar machine learning, técnicas estatísticas e programação para solucionar os desafios que a corporação tiver que enfrentar.

Em suma, podemos definir o cientista de dados como o profissional capaz de processar, coletar e analisar informações, além de utilizar essas referências com foco nos negócios. Como se trata de um trabalho em equipe multidisciplinar, é importante que esse profissional tenha uma boa capacidade de comunicação.

Analista de Business Intelligence (BI)

Assim como os cientistas de dados, os analistas de BI estão entre as profissões mais promissoras para o futuro do TI. É um profissional que precisa demonstrar expertise em tecnologias de base de dados e ferramentas de relatórios. O analista de Business Intelligence é um dos viabilizadores da cultura data driven, em que as empresas passam a ter os dados como fonte primária para a tomada de decisão.

Como vimos, o futuro do TI nos reserva inovações que chegarão cada vez mais rápido e demanda um foco especial na capacidade de produção e mineração de dados, que vem mudando a forma de gestão das empresas de todos os portes e segmentos. Para os profissionais que vislumbram um futuro melhor no setor, a busca por qualificação e atualização deverá ser constante, caso contrário, a capacidade de se tornar obsoleto só tenderá a crescer.

Gostou do post? Então assine a nossa newsletter e receba em primeira mão novos artigos informativos como este.

Contato

Deixe um comentário