DevOps as a service: tudo o que você precisa saber está aqui
Desde que a nuvem se tornou uma realidade no meio empresarial, algumas premissas como agilidade e continuidade dos serviços de TI passaram a estar ao alcance de todos os tipos de negócio. Com esse advento, funcionalidades como automação em nuvem e virtualização de recursos de TI vêm materializando uma nova metodologia de trabalho, denominada DevOps as a Service.
Em linhas gerais, o DevOps constitui uma aproximação dos processos de desenvolvimento de software e operação, reduzindo as passagens de mão entre essas duas áreas, minimizando falhas nas entregas e automatizando testes e deploy.
Esse novo conceito em governança de TI é interessante para o atual mercado, já que é alinhado com a expectativa de redução do tempo de resposta ao cliente e de redução de custos.
Prova disso é sua aplicação em empresas que já adotam a filosofia ágil de desenvolvimento e também preceitos da TI Bimodal, que alia o que há de melhor e mais produtivo na TI tradicional com os benefícios de técnicas disruptivas e métodos inovadores.
Nesse celeiro de transformações dos padrões de gestão de TI é que se insere o DevOps as a Service, que vem se configurando como um instrumento para concretizar o teor estratégico que é implícito à TI, mas que nem sempre é reconhecido pelos demais departamentos quando aplicados modelos convencionais.
Este post aborda o DevOps as a Service e pretende demonstrar a transformação que ele pode representar nos departamentos de TI das empresas. Fique atento aos conceitos que embasam esse novo paradigma e perceba como os benefícios do modelo podem elevar a TI da sua empresa a um patamar de excelência. Boa leitura!
1. O que é DevOps as a Service?
O DevOps se vale da comunicação e processos automatizados para integrar programadores e profissionais de infraestrutura de TI, mudando uma realidade normalmente crítica nos departamentos de TI: a falta de entrosamento entre times de desenvolvimento e operação.
Em empresas que liberam com frequência versões de softwares essa realidade é um problema e ocasiona atraso nas entregas e uma sequência de erros que, muitas vezes, só são notados em ambiente de produção, quando o cliente final é afetado por um processo que já começou mal.
Já falamos que o DevOps reduz o gap entre desenvolvimento e operação, mas não explicamos, ainda, como isso se concretiza.
Bem, o primeiro ponto é que esse esquema de atuação conta com uma equipe multidisciplinar, que usa ferramentas automatizadas para construir códigos, testar, controlar incidentes e resolver problemas em um fluxo integrado e sinérgico.
Mas como as empresas podem aderir a esse estilo de gestão e condução dos processos e fluxos de TI, sem que seja demandada a aquisição e manutenção de um robusto parque tecnológico e sem que seja necessário contratar uma equipe especializada?
Bem, a resposta é: basta saber aproveitar os recursos em nuvem! Isso porque quando alguma mudança na TI exige investimentos que parecem transcender a possibilidade da empresa ou onerar demais o orçamento corporativo, é preciso buscar alternativas para não inviabilizar o negócio.
É aí que entra a Computação em Nuvem com toda a sua ampla gama de possibilidades. Na nuvem podem ser contratados serviços, infraestrutura de TI, plataformas para várias necessidades, softwares diversos e, por trás de tudo isso, sempre existirá uma equipe experiente mantida pelo fornecedor.
Se o interesse do gestor de TI for o de implementar o DevOps, mas tudo parece complicado de início, o ideal é também partir para a nuvem, valendo-se do DevOps como um Serviço e da experiência de provedores que oferecem esses recursos no mercado.
Imagine que a decisão pela adoção desse modelo já existe, mas que os responsáveis pela TI da empresa não sabem nem por onde começar: não detêm o conhecimento da adaptação necessária aos processos internos, não têm elementos suficientes para dimensionar a infraestrutura necessária, sabem que seu time atual não tem expertise para conduzir os processos nos moldes DevOps.
E, pior, sabem que não há previsão orçamentária para comportar a internalização de tudo o que é necessário para a “virada de chave”.
A saída para essa situação é buscar o DevOps as a Service, porque a empresa poderá contar com uma plataforma online que comporta as funcionalidades, inteligências, serviços e equipamentos necessários para que o alinhamento entre desenvolvimento e operação se materialize.
Além disso, profissionais altamente capacitados ficam do lado de lá do provedor, à disposição do cliente para atuar em toda a esteira e fluxos, intervindo com conhecimentos específicos para manter tudo em pleno funcionamento.
Para entender um pouco mais sobre o que é DevOps as a Service, na prática, continue conosco até o próximo tópico!
2. Qual a sua função e como ele funciona?
Quando um padrão DevOps é contratado em nuvem significa que um provedor colocará toda uma infraestrutura, processos, serviços e equipe à disposição do cliente.
Além disso, vale destacar que um serviço gerenciado para equipes de desenvolvimento está incluído, possibilitando a construção de aplicações, bem como sua execução. Tudo isso diretamente na cloud, sem onerar os recursos próprios do contratante.
Nesse estilo de atuação, o time do provedor tem uma atuação estreita e colaborativa com as equipes de TI do cliente, orientando os profissionais da casa para que maximizem o aproveitamento dos benefícios do DevOps as a Service.
Nessa dinâmica, a busca por eficiência e eficácia é constante, sendo empregadas as melhores ferramentas e processos para que tanto as rotinas de programação quanto as de implementação de sistemas sejam automatizadas e otimizadas.
Nesse contexto, a automação de nuvem é uma constante, já que uma plataforma digital é oferecida ao cliente para execução de todos os procedimentos do processo de desenvolvimento e também do processo de implantação (ou operação).
Assim, arquitetos, desenvolvedores e especialistas em suporte, disponibilizados pelo fornecedor, acabam se tornando uma extensão do time de TI do cliente, tendo uma forma de atuar bastante próxima e praticamente sem distanciamento entre contratado e contratante.
Então projeto, planejamento, implementação, configuração, tratamento de incidentes, tudo é feito a “quatro mãos”, de forma que a empresa cliente possa contar com recomendações e melhorias oferecidas pela empresa fornecedora.
Para resumir o funcionamento do DevOps como um Serviço, convém ressaltar algumas características:
- rastreabilidade de todas as ações realizadas na entrega de software;
- deploy, integração e entrega contínuos;
- colaboração entre profissionais do fornecedor e do cliente para formação de base de conhecimento e solução ágil e assertiva de problemas;
- adoção de uma cadeia de ferramentas de automação em nuvem e simplificação de processos;
- complexidade do fluxo de dados é transparente, já que há automação desse gerenciamento;
- ferramentas embarcadas para testes de módulos e sistemas completos;
- interfaces intuitivas para acionar rotinas, sem necessidade de entendimento do código por trás da ferramenta;
- simplificação de processos, com fluxos de trabalho menos burocráticos e, por consequência, menos onerosos;
- gerenciamento automatizado de configuração e de desempenho, com monitoramento em tempo real;
- racionalização dos processos, que se tornam mais rápidos e eficientes, com redução do ciclo de entregas;
- redução de custos da TI, com melhor aproveitamento dos recursos alocados;
- empoderamento dos times de TI, que passam a atuar de maneira mais estratégica, com troca de experiências e conhecimentos entre os profissionais da empresa e os do fornecedor;
- escalabilidade e elasticidade, resultantes da oferta de recursos em cloud de acordo com as características do negócio, respeitando sazonalidades e demandas pontuais;
- camada de orquestração para uso de interfaces de programação integráveis com as ferramentas já existentes no setor de TI do cliente.
3. Qual a relação entre automação em nuvem e DevOps as a Service?
Tudo o que foi mencionado como elementos que compõem o modelo DevOps como um
Serviço só existe graças à automação em nuvem.
Essa filosofia ainda emergente de desenvolvimento de aplicativos e a operação de soluções muda o antigo padrão de colaboração — que mantinha um importante distanciamento entre construção e operações. Com o DevOps há uma integração entre responsabilidades e conhecimentos, subsidiada por uma inédita automação de rotinas por meio de ferramentas virtuais.
Com isso, é possível migrar todo o ciclo de vida de uma aplicação para a cloud, envolvendo elaboração de códigos, compilação, teste e implantação. Isso é o que materializa a chamada entrega contínua em nuvem.
Ao transferir ferramentas e processos para entregas sequenciais em nuvem para uma plataforma virtual, tem-se a base pronta para que a empresa adote uma abordagem flexível, que permite o desenvolvimento de produtos e serviços à altura das exigências do mercado.
Compreenda melhor como se dá a automação em nuvem de diversas etapas, rotinas e recursos para viabilizar o DevOps as a Service!
3.1. Construção de códigos
É oferecido um serviço gerenciado para compilação de código, além de execução de projetos de testes para checagem da qualidade do produto desenvolvido.
Em um módulo de desenvolvimento em nuvem, os clientes acessam a plataforma online por meio de chaves de criptografia, o que confere segurança ao processo.
Além disso, os construtores de código oferecem escalabilidade, com expansão dos recursos de acordo com as necessidades e com a implantação simultânea de versões de compilação diferente. A partir dessa funcionalidade, é possível comparar testes em ambiente de produção.
3.2. Biblioteca de modelos e plugins
Normalmente são disponibilizadas extensas bibliotecas de plugins pré-construídos para que o cliente apenas ajuste alguns parâmetros e customize o código na medida da sua necessidade.
Isso representa um ganho de escala em termos de produtividade e qualidade do código, sem engessamento do desenvolvedor já que ele pode personalizar os modelos e ter controle sobre os processos.
3.3. Deploy automático
O módulo de deploy entrega automaticamente os pacotes construídos, com parâmetros pré-configurados. Isso facilita a sincronização de compilações para que atualizações ocorram de forma simultânea.
Esse aspecto é que materializa o desejado modelo de entrega contínua e escalável na nuvem, com estabilidade e economia de recursos.
3.4. Monitoramento de ambiente
Ferramentas integradas de monitoramento do ambiente de TI são outro valor agregado da automação em nuvem.
Fatores como desempenho e capacidade são constantemente vigiados, a partir de SLAs (níveis de serviço) estabelecidos em contrato, de forma que a continuidade dos serviços seja sempre mantida dentro dos padrões desejados pelo cliente.
Esse ponto de automação é tão importante que qualquer registro abaixo da régua estabelecida geralmente representa desconto no pagamento ao fornecedor ou aplicação de multa contratual.
3.5. Automação de infraestrutura
Ferramentas do DevOps criam recursos personalizados de infraestrutura para suportar as necessidades do desenvolvimento e da operação.
Esse provisionamento automático reduz a possibilidade de inadequação dos equipamentos às necessidades do negócio, que está em constante mutação e apresenta novas demandas e desafios a todo momento.
Essa característica também traz escalabilidade aos processos de TI, já que recursos são redimensionados no mesmo ritmo de expansão ou retração do negócio.
4. Quais os benefícios do DevOps as a Service?
Já falamos que o DevOps como um Serviço é uma tendência ainda emergente, mas promissora no mundo da TI. Agora vamos demonstrar por que vale a pena considerar implementar o modelo para incrementar a governança e processo de TI de uma organização.
4.1. Sofisticação do desenvolvimento de software
O desenvolvimento de aplicações ganha em robustez e em riqueza de funcionalidades com os módulos de construção em nuvem.
Isso se deve à disponibilidade de bibliotecas e também à possibilidade de aproveitamento das inteligências legadas do cliente, de forma que a conjugação da capacidade instalada na empresa não seja desperdiçada em detrimento da chegada do reforço externo.
4.2. Automação simplificada
A gestão de infraestrutura passa a ser automatizada, tornando o processo mais confiável e isento de erros. Alguns dos exemplos de automação são as virtualizações de servidores, a correção de sistemas operacionais de forma remota e também a geração de relatórios.
4.3. Integração contínua
O DevOps tem como uma de suas características mais fortes a capacidade de integração constante dos códigos produzidos em pacotes pelas equipes de TI. A automação das tarefas que envolvem essa integração é um benefício alcançado a partir de ferramentas de validação de código para detecção de eventuais erros.
4.4. Espelhamento de servidor em nuvem
A necessidade de backup de sistemas empresariais e dos dados do negócio é inquestionável e o DevOps como um Serviço contempla essa necessidade. O processo oferecido inclui a automatização do backup, garantindo disponibilidade dos serviços de TI e continuidade do negócio, mesmo que algum desastre ocorra.
4.5. Orquestração
De forma diferente da automação, a orquestração (orchestration) é uma forma apurada e refinada de automatização de etapas.
O diferencial está no controle da infraestrutura envolvida, tendo como base ferramentas específicas e especializadas, com padrões pré-definidos para acionamento certeiro de rotinas e procedimentos.
4.6. Automação de alertas
É a oferta de ferramentas de monitoramento que podem ser programadas para disparar alertas sempre que alguma situação previamente mapeada seja alcançada. Assim, rotinas podem ser disparadas automaticamente para corrigir problemas ou defeitos.
E, adicionalmente, mensagens podem ser encaminhadas para os analistas e gestores de TI, caso providências ou decisões complementares sejam necessárias.
4.7. Suporte em tempo integral
Quando um fornecedor se compromete a entregar infraestrutura e serviços para sustentar o negócio do cliente, fica implícita a ideia de que ele oferece suporte full time, ou seja, 24 horas.
Essa é uma característica do DevOps as a Service, o que traz segurança e tranquilidade para a empresa contratante e ainda permite uma melhoria contínua dos serviços oferecidos.
4.8. Incremento da TI via Outsourcing
A contratação de serviços em nuvem por meio de outsourcing de TI tem se mostrado benéfica às empresas, porque elas passam a contar com tecnologia de ponta, datacenters consolidados e modernos, além de equipes especializadas.
No DevOps as a Service esse ponto é notório, já que é intrínseca ao modelo a colaboração entre equipes do fornecedor e times do cliente, a conjugação de recursos físicos do provedor com os do contratante, bem como o compartilhamento da governança por meio de um monitoramento realizado em ambos os lados, interno e externo.
5. Quais métricas podem confirmar o poder do DevOps como um Serviço?
Ao optar pela transição de uma TI tradicional ou até mesmo de uma estrutura já em esquema DevOps, porém sem uso sistemático da nuvem, é importante que dados objetivos respondam se a mudança para a nuvem está sendo positiva.
Isso é importante porque melhorias sempre são possíveis a partir de adaptações em processos e cultura organizacional, muitas vezes negligenciadas por gestores de TI. Então é válido atentar para pontos críticos mapeados ao longo da implementação do modelo baseado em DevOps as a Service.
Nesse contexto, alguns indicadores podem ser estabelecidos para indicar se os novos moldes do processo de operação estão apresentando os resultados esperados.
Conheça algumas Key Performance Indicators – KPI mais usuais na governança de DevOps:
- tempo médio para restauração de um serviço de TI que se apresenta intermitente ou indisponível;
- velocidade e frequência de deployment;
- tempo de atividade dos sistemas (uptime), das redes e das aplicações;
- velocidade de verificação de software;
- quantidade de incidentes por versão de software.
Mas sendo o DevOps as a Service uma evolução do conceito DevOps, outros elementos podem ser medidos, já que os serviços em nuvem acrescentam benefícios proporcionais à capacidade da infraestrutura do provedor, bem como a expertise de seu time colocado a serviço do cliente.
Nessa linha, outras estatísticas podem ser acompanhadas para avaliar o nível de melhoria alcançado, tais como:
- ganho de escala no desenvolvimento em função da existência de bibliotecas que podem ser aproveitadas e customizadas na medida da necessidade;
- redução dos erros em códigos, também por conta da disponibilização de módulos construtores e de acervo de plugins previamente disponíveis;
- melhorias nos fluxos de testes de aplicações, a partir do uso de plataforma online robusta disponibilizada pelo fornecedor;
- maior velocidade nas entregas e consequente redução do tempo de resposta ao cliente, o que é reforçado pelos SLA estabelecidos em contrato com o provedor;
- melhoria no desempenho dos times de TI;
- simplificação de processos, a partir da automação de tarefas;
- redução das passagens de mão, já que desenvolvimento e operação passam a atuar de forma integrada;
- redução de gargalos nos processos da esteira de TI.
Monitorar esses quesitos é relevante não só para ter certeza se os objetivos da migração para o novo modelo estão sendo atingidos, mas também para demonstrar a toda a empresa o valor que uma TI otimizada pode trazer para o negócio como um todo.
6. Quais são as vantagens do DevOps as a Service?
Este post não pretendeu ser um guia definitivo sobre DevOps como um Serviço, mas trouxe uma análise dos cenários que envolvem esse modelo baseado em Cloud Computing para afirmar que essa tendência se mostra muito positiva para as empresas.
Para reafirmar os ganhos que esse padrão de automação em nuvem pode trazer para a gestão e condução de processos de TI, listamos mais algumas vantagens do DevOps em nuvem:
- aceleração das entregas da área de TI;
- elevação do grau de qualidade dos produtos de TI;
- melhor relacionamento entre as áreas de desenvolvimento e operação;
- redução de custos de TI;
- minimização de erros e bugs de sistemas;
- integração e entrega contínua;
- uso de frameworks para padronizar processos;
- maximização dos resultados das equipes de TI.
Outro ponto positivo dessas tecnologias de virtualização é que são aderentes a métodos ágeis de gestão de projetos de TI, permitindo fazer mais com menos. É certo que a modernização da TI corporativa passa pela nuvem e isso é pré-requisito para possibilitar a transformação digital dos modelos de negócio.
É na esteira dessas mudanças que o DevOps originalmente estabelecido no mercado vem sendo modificado a partir de uma fusão com arquitetura baseada em nuvem, trazendo muito mais possibilidades de melhoria dos serviços de TI.
Assim, contar com processos e ferramentas que automatizam o provisionamento de infraestrutura, a criação de compilações, a execução de testes, a produção de relatórios e a emissão de alertas, é um passo largo para inovar o setor de TI e devolver para o negócio soluções mais alinhadas às suas necessidades.
O fato é que o DevOps as a Service melhora a performance do desenvolvimento de software e apresenta caminhos melhores para a colocação de novas aplicações na rua, com qualidade superior facilmente percebida pelos públicos de interesse do negócio.
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